terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Arte Bizantina




























O cristianismo não foi a única preocupação para o Império Romano nos primeiros séculos de nossa era.Por volta do século IV, começou a invasão dos povos bárbaros e que levou Constantino a transferir a capital do Império para Bizâncio, cidade grega, depois batizada por Constantinopla.A mudança da capital foi um golpe de misericórdia para a já enfraquecida Roma; facilitou a formação dos Reinos Bárbaros e possibilitou o aparecimento do primeiro estilo de arte cristã - Arte Bizantina.


Graças a sua localização(Constantinopla) a arte bizantina sofreu influências de Roma, Grécia e do Oriente. A união de alguns elementos dessa cultura formou um estilo novo, rico tanto na técnica como na cor.


A arte bizantina está dirigida pela religião; ao clero cabia, além das suas funções, organizar também as artes, tornando os artistas meros executores.O regime era teocrático e o imperador possuía poderes administrativos e espirituais; era o representante de Deus, tanto que se convencionou representá-lo com uma auréola sobre a cabeça, e, não raro encontrar um mosaico onde esteja juntamente com a esposa, ladeando a Virgem Maria e o Menino Jesus.


O mosaico é expressão máxima da arte bizantina e não se destinava apenas a enfeitar as paredes e abóbadas, mas instruir os fiéis mostrando-lhes cenas da vida de Cristo, dos profetas e dos vários imperadores.Plasticamente, o mosaico bizantino em nada se assemelha aos mosaicos romanos; são confeccionados com técnicas diferentes e seguem convenções que regem inclusive os afrescos. Neles, por exemplo, as pessoas são representadas de frente e verticalizadas para criar certa espiritualidade; a perspectiva e o volume são ignorados e o dourado é demasiadamente utilizado devido à associação com maior bem existente na terra: o ouro.


A arquitetura das igrejas foi a que recebeu maior atenção da arte bizantina, elas eram planejadas sobre uma base circular, octogonal ou quadrada imensas cúpulas, criando-se prédios enormes e espaçosos totalmente decorados.


A Igreja de Santa Sofia (Sofia = Sabedoria), na hoje Istambul, foi um dos maiores triunfos da nova técnica bizantina, projetada pelos arquitetos Antêmio de Tralles e Isidoro de Mileto, ela possui uma cúpula de 55 metros apoiada em quatro arcos plenos.Tal método tornou a cúpula extremamente elevada, sugerindo, por associação à abóbada celeste, sentimentos de universalidade e poder absoluto. Apresenta pinturas nas paredes, colunas com capitel ricamente decorado com mosaicos e o chão de mármore polido.


Toda essa atração por decoração aliada a prevenção que os cristãos tinham contra a estatuária que lembrava de imediato o paganismo romano, afasta o gosto pela forma e conseqüentemente a escultura não teve tanto destaque neste período.O que se encontra restringe-se a baixos relevos acoplados à decoração.


A arte bizantina teve seu grande apogeu no século VI, durante o reinado do Imperador Justiniano.Porém, logo sucedeu-se um período de crise chamado de Iconoclastia.Constituía na destruição de qualquer imagem santa devido ao conflito entre os imperadores e o clero.


A arte bizantina não se extinguiu em 1453, pois, durante a segunda metade do século XV e boa parte do século XVI, a arte daquelas regiões onde ainda florescia a ortodoxia grega permaneceu dentro da arte bizantina.E essa arte extravasou em muito os limites territoriais do império, penetrando, por exemplo, nos países eslavos.



UM POUCO MAIS DE SANTA SOFIA


"A verdadeira beleza de Santa Sofia, a maior igreja de Constantinopla, capital do Império Bizantino, encontra-se no seu vasto interior.Um olhar mais atento permite ao visitante ver o trabalho requintado dos artífices bizantinos no colorido resplandecente dos mosaicos agora restaurados; no mármore profundamente talhado dos capitéis das colunas das naves laterais, folhas de acantos envolvem o monograma de Justiniano e de sua mulher Teodora.No alto, sobre um solo de mármore, bordada em filigrama de sombras dos candelabros suspensos, resplandece a grande cúpula.


Embora a igreja tenha perdido a maior parte da decoração original de ouro e prata, mosaicos e afrescos, há uma beleza natural na sua magnificência espacial e nos jogos de sombra e luz - um claro-escuro admirável quando os raios de sol penetram e iluminam o seu interior".


fonte: www.historiadaarte.com.br

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

A Catedral Metropolitana Ortodoxa





















A Catedral Metropolitana Ortodoxa é uma construção típica da arquitetura bizantina, inspirada na Basílica de Santa Sofia em Constantinopla, capital do Império Bizantino, atual Istambul, localizada no território da Turquia.

A arte bizantina tem como objetivo expressar a autoridade absoluta do Imperador, considerando-o sagrado, um representante de Deus com poderes temporais e espirituais.

No caso da Catedral Ortodoxa de São Paulo, destaca-se o equilíbrio de uma grande cúpula sobre uma planta quadrada. Internamente possui uma sucessão de janelas e arcos, criando um espaço de grande beleza e amplidão.

A pintura interna merece destaque. Seus vitrais são verdadeiras obras de arte, bem assim os ícones pintados em afrescos e telas, revestindo as paredes internas; No altar e nas laterais há fileiras de colunas marmorizadas cujos capitéis dourados são em estilo coríntio. Seu revestimento interno é feito em mármore da região de Carrara (Itália), inclusive o iconostácio, diferenciando-o de outras igrejas ortodoxas que, na sua maioria, utilizam a madeira como matéria prima.

O Iconostácio da Catedral Metropolitana contém 65 ícones e está encimado por três cruzes ("tripostatos", palavra de origem grega, que significa a localização do tríplice altar para o sacro-ofício da Santa Missa).

No centro, onde há a porta régia, pode-se observar do lado direito ao ícone de Jesus Cristo, a imagem de São João Batista, o precursor de Jesus e do lado esquerdo, a imagem de Nossa Senhora e do padroeiro da Igreja, que neste caso é o Santo Apóstolo Paulo.

Outros ícones compõe o iconostácio, dentre os quais destacam-se Santo Elias, São Jorge, os Arcanjos Rafael, Miguel e Gabriel, a Anunciação da Virgem Maria, Santo Inácio, Santa Bárbara, Santa Tacla, Santa Maria do Egito, São João Crisóstomo, São João Damasceno, São Cosme e São Damião e os doze Apóstolos. No lugar de Judas Iscariotes, o Traidor, encontra-se o ícone de São Matias, que é o Apóstolo escolhido pelos discípulos de Cristo, conforme consta da Sagrada Escritura (Atos, 2; 15-26).

A Catedral, atualmente, integra o guia turístico da cidade de São Paulo e foi recentemente restaurada. A primeira fase da restauração teve como foco principal a recuperação da fachada, a impermeabilização do teto e o roforço de sua estrutura. As cúpulas também foram revestidas com lâminas de metal dourado, foram colocados holofotes no interior das torres e o carrilhão dos sinos foi recuperado.

A catedral está aberta a visitação pública no horário de funcionamento da secretaria. Excursões e grupos de estudo, deverão agendar, por telefone, dia e horário.


Fonte: A Catedral Metropolitana Ortodoxa

A Catedral Ortodoxa de São Paulo

A Catedral Ortodoxa de São Paulo










História

Por Dom Ignátios Ferzli
(in Memoriam)

Adaptação: Amin Taissun

A missão de Dom Ignatios Huraiki

O Patriarcado Ortodoxo, bastante ciente da grandeza de sua comunidade no Brasil, e conhecedor dos desejos de se ter uma Catedral em São Paulo, enviou o Metropolita de Hama, na Síria, Dom Ignatios Huraiki, no que se poderia chamar de missão diplomática. Sua estada resultou na criação da Irmandade Ortodoxa de São Paulo, na fundação da Liga das Senhoras Ortodoxas e na construção do Arcebispado. A função da Irmandade era a de captar e administrar os recursos necessários para a construção da Catedral. Assad Abdalla era o presidente e os membros da primeira comissão foram: Hanna Saad, Azem Azem, Abdo Jazra, Saba Sallum, Aziz Semim, Gattas Cury, José Yazigi, Habib Cury, Fuad Bonduki, Mussa Anauate, Rachid Bukassim, Miguel Maluhy, Elias Chedid, Jorge Mahfuz, Hátim Dumit, Jorge Hanna Saad. O arquiteto Paulo Taufic Camasmie foi escolhido para preparar o projeto igual ao da Igreja de Santa Sofia em Constantinopla. O prejeto, porém teve de ser parcialmente adaptado em função das obras de construção da estação Paraíso do metrô. O mesmo terreno abrigaria a Catedral, o Arcebispado e a Liga das Senhoras Ortodoxas com o colégio.

O Arcebispado

A família Azem custeou as obras do Arcebispado, as quais foram concluídas em 1951, atrás da Catedral.

A Catedral

Existem muitas versões para a data do início da obra, porém adota-se como oficial o dia 2 de maio de 1942. É a data da pedra fundamental segundo a biografia comemorativa de Isaías Abbud, vigário patriarcal em São Paulo de 1931 até 1958, sob o reinado do Patriarca Alexandre III. A inauguração se deu em janeiro de 1954, início das comemorações do IV centenário da cidade de São Paulo e a consagração se deu em 1958, pelo Patriarca Elias IV e hoje a integra o reoteiro turístico oficial da Cidade de São Paulo.

Os recursos para sua construção vieram de doações e contribuições das várias famílias Ortodoxas residentes em São Paulo e no interior do Brasil. Citamos, apenas algumas delas: Abdallah, Rizkallah, Azem, Cury, Semim, Maluhy, Mahfouz, Jafet, Maksoud, Habib, Bondouki, Anauate, Chohfi, Nasrallah, Narchi, Kapaz, Chedid, Sallum, Doumit, Saad, Camasmie, Jazra, Kahla, Dib, Elias, Bittar, Daher, Samara, Zarzur, Bukassim, Shahin, Yázigi, entre muitas outras.

As abóbadas centrais e os mezaninos laterais da Catedral foram pintados por Joseph Trabulsi, na década de 1950, com técnica de afresco. Já as paredes laterais e a cúpula do altar foram iconografados por Hannán Houli, entre os anos de 2000 e 2003. O iconostácio, todo em mármore de Carrara entalhado à mão teve seus ícones encomendados ao iconógrafo russo Krivotz.

A Restauração

No ano de 2004 foi dado início ao projeto de restauração da Catedral Ortodoxa de São Paulo. Este projeto, aliás extenso, teve sua primeira etapa concluída: a impermeabilização do teto, o roforço da estrutura e a recuperação da fachada utilizando-se, para tanto, os mesmos materias e cores originais da época da construção. As cúpulas também foram revestidas com lâminas de metal dourado, foram colocados holofotes no interior das torres e o carrilhão dos sinos foi recuperado.

A segunda etapa consiste na restauração dos lustres e das luminárias. Há ainda projetadas a conclusão da iconografia interna, com a recuperação dos afrescos, e a reforma do pátio, muros, portas e portões.

fonte:A Catedral Ortodoxa de São Paulo

Apóstolo dos apóstolos

Maria Madalena, apóstolo dos apóstolos























As mulheres que levavam os aromas enviaram Maria Madalena ao sepulcro à frente delas, segundo o relato de São João Teólogo. Era de noite, mas o amor a iluminava, de tal maneira que ela viu a grande pedra rolada da frente da porta do túmulo e regressou dizendo: «Discípulos, sabei o que vi: a pedra já não tapa o túmulo.
Terão levado o meu Senhor? Não se vêem os guardas, fugiram. Terá Ele ressuscitado, Aquele que oferece a ressurreição aos homens caídos?» [...]Aquele que tudo vê, vendo Madalena dominada pelos soluços e acabrunhada pela tristeza, deixou-se tocar no Seu coração. [...]
Aquele que sonda os rins e os corações, sabendo que Maria Lhe reconheceria a voz, chamou a Sua ovelha, Ele que é o verdadeiro pastor: «Maria!», disse-lhe. E ela imediatamente O reconheceu: «É o meu bom pastor, que me chama para me contar entre as noventa e nove ovelhas. Sei bem quem Ele é, Aquele que me chama; já o tinha dito, é o meu Senhor, Aquele que oferece a ressurreição aos homens caídos.» [...]
O Senhor disse-lhe: «Mulher, que a tua boca proclame estas maravilhas e as explique aos filhos do Reino, que esperam que Eu desperte, Eu que estou vivo. Vai depressa, Maria, reúne os Meus discípulos [...]; desperta-os a todos como que de um sonho, a fim de que venham ao Meu encontro com as lamparinas acesas. Vai dizer-lhes: o Esposo acordou, saiu agora do túmulo. [...] Apóstolos, afastai a vossa tristeza mortal, pois despertou Aquele que oferece a ressurreição aos homens caídos.»

[...]«Subitamente, o meu luto transformou-se em júbilo, tudo se tornou para mim alegria e felicidade. E não hesito em o dizer: recebi a mesma glória que Moisés; vi, sim, vi, não no alto da montanha, mas no sepulcro, não velado por uma nuvem, mas no seu corpo, vi o Senhor dos seres incorpóreos e das nuvens, Aquele que é, que era e que há-de vir. Foi Ele que me disse: detém-te, Maria, vai revelar àqueles que Me amam que Eu ressuscitei. Vai levar esta boa nova aos descendentes de Noé, como a pomba lhes levou o ramo de oliveira (Gn 8, 11). Diz-lhes a morte foi destruída e que Aquele que oferece a ressurreição aos homens caídos Se elevou do túmulo.»

fonte:http://renascer-hoje.blogspot.com/2009/07/maria-madalena-apostolo-dos-apostolos.html

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

O Nascimento de Jesus







Lucas 2:1-20 (João Ferreira de Almeida Atualizada)

Lucas 2

1Naqueles dias saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo fosse recenseado.
2Este primeiro recenseamento foi feito quando Quirínio era governador da Síria.

3E todos iam alistar-se, cada um ã sua própria cidade.

4Subiu também José, da Galiléia, da cidade de Nazaré, ã cidade de Davi, chamada Belém, porque era da casa e família de Davi,

5a fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida.

6Enquanto estavam ali, chegou o tempo em que ela havia de dar ã luz,

7e teve a seu filho primogênito; envolveu-o em faixas e o deitou em uma manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.

8Ora, havia naquela mesma região pastores que estavam no campo, e guardavam durante as vigílias da noite o seu rebanho.

9E um anjo do Senhor apareceu-lhes, e a glória do Senhor os cercou de resplendor; pelo que se encheram de grande temor.

10O anjo, porém, lhes disse: Não temais, porquanto vos trago novas de grande alegria que o será para todo o povo:

11É que vos nasceu hoje, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor.

12E isto vos será por sinal: Achareis um menino envolto em faixas, e deitado em uma manjedoura.

13Então, de repente, apareceu junto ao anjo grande multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo:

14Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens de boa vontade.

15E logo que os anjos se retiraram deles para o céu, diziam os pastores uns aos outros: Vamos já até Belém, e vejamos isso que aconteceu e que o Senhor nos deu a conhecer.

16Foram, pois, a toda a pressa, e acharam Maria e José, e o menino deitado na manjedoura;

17e, vendo-o, divulgaram a palavra que acerca do menino lhes fora dita;

18e todos os que a ouviram se admiravam do que os pastores lhes diziam.

19Maria, porém, guardava todas estas coisas, meditando-as em seu coração.

20E voltaram os pastores, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes fora dito.


Feliz Natal!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Crocs





















A história

Tudo começou quando nossos três fundadores, de Boulder, Colorado nos Estados Unidos decidiram desenvolver e vender um tipo inovador de calçado chamado Crocs™ . Originalmente o intuito era vender um calçado para barcos, com solado antiderrapante e que não marcasse o deck do barco. Em 2003 Crocs™ se tornou um fenômeno universalmente aceito como um calçado confortável e fashion para todas as ocasiões. De 2003 a 2004 a Crocs voltou seu foco para adaptar-se ao rápido crescimento. Contratamos um time de diretoria extremamente competente e adquirimos a Foam Creations – que produzia o material que é a base do nosso calçado, o Croslite™. Expandimos as linhas de produtos, adicionamos armazéns e criamos um programa de logística para a crescente capacidade de demanda e produção .


Hoje, os produtos da Crocs™ estão disponíveis em todos os continentes, inclusive na internet e nós continuamos a expandir todos os aspectos de nosso negócio.

Em consonância com nosso rápido sucesso, continuamos em busca de valores e padrões de excelência e não abrimos mão de nosso compromisso de produzir um calçado extremamente leve, confortável, antiderrapante, moderno e funcional, com rápido sistema de produção e preço acessível para a maioria das pessoas


Agradecemos a todos pelo suporte e esperamos oferecer sempre produtos de design inovador e alta qualidade.

eu adorooo! muito confortável e super divertido!
a mania pegou!

fonte:www.crocs.com.br

Pode vir quente, que eu estou fervendo












Por BBC, BBC Brasil, Última atualização: 8/12/2009 7:34

Década de 2000 foi a mais quente em 160 anos, diz estudo
A primeira década do século foi até agora a mais quente dos registros do escritório britânico de meteorologia, o Met Office.

Novos dados divulgados nesta terça-feira mostram que, embora 1998 tenha sido o ano mais quente desde 1850, a década de 2000-09 foi a que registrou maiores temperaturas neste período de 160 anos.

A década do ano 2000 superou em 0,40 ºC a média de 1961-1990, de 14ºC.

Isto quer dizer que esta década foi mais quente que os anos 1990, que ficou 0,23ºC acima da média usada para comparação e registrou, por sua vez, temperaturas mais altas que os anos 1980.

"Estes números sublinham que o mundo continua a registrar aumentos de temperatura, principalmente devido à elevação das emissões de gases que causam o efeito estufa na atmosfera", disse o Met Office, em seu comunicado.

Para o órgão, os dados mostram que "o argumento de que o aquecimento global já parou é falho".

As informações foram divulgadas em Copenhague, no segundo dia da reunião da ONU que procura buscar um acordo de redução de gases estufa em substituição ao Protocolo de Kyoto, que expira em 2012.

Em um estudo separado, a Organização Mundial de Meteorologia (OMM) divulgou uma medição quase igual à do Met Office e estimou que o ano de 2009 já é o quinto mais quente da sua medição, que também remonta a 1850.

Segundo o estudo, o ano foi de temperaturas acima do normal na maior parte dos continentes.

"Climas extremos, incluindo enchentes devastadores, secas rigorosas, tempestades de neve, ondas de calor e de frio foram registrados em várias partes do mundo", afirmou o relatório.

América do Sul

Na América do Sul, Austrália e sul da Ásia, os eventos de calor extremo chamaram atenção. O outono na região austral, que inclui o sul do Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai, registrou "calor extremo", disse a organização.

Entre março e maio, foram registradas temperaturas diárias que alcançaram 30ºC e 40ºC, que bateram recorde diversas vezes.

No fim de outubro, o norte e o centro da Argentina foram afetados por uma extrema seca, com temperaturas acima de 40ºC, enquanto o sul da região viu precipitações de neve, raras e fora de época.

Já no Ártico, durante a estação sazonal de derretimento, a camada de gelo chegou ao seu terceiro menor nível desde que a medição começou, em 1979 - 5,1 milhões de quilômetros quadrados.

Essa extensão só foi maior que a dos anos de 2007 (4,3 milhões de quilômetros quadrados) e 2008 (4,67 milhões de quilômetros quadrados), que bateram recorde de perda de gelo.

"Estamos em uma tendência de aquecimento, não há dúvida disso", disse o diretor-geral da (OMM), Michel Jarraud.

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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

História da Barbie

A história da Barbie



























A Barbie foi criada por Ruth Handler e o seu marido Eliot em 1936, sendo esta uma ideia de Ruth que sempre via a sua filha Bárbara brincando com bonecas de papel que trocavam de roupa, foi então que lhe surgiu a idéia de criar uma boneca que trocasse de roupa, usando uma modinha e também com uma feição adulta diferente das bonecas da época.


Lançamento

Encomendada ao designer Jack Ryan, em 1958, ela foi lançada oficialmente na Feira Anual de Brinquedos de Nova York, a 9 de Março de 1959. A imagem da Barbie sempre foi a de uma top model, símbolo de beleza e juventude.
Ruth e Eliot Handler eram donos da empresa de brinquedos Mattel, fabricando a Barbie que foi vendida a 3 dólares os primeiros exemplares, que teve 340.000 bonecas do primeiro exemplar
Logo após o seu sucesso de vendas foram criadas outros modelos de Barbies e logo a Barbie também ganhou uma família: em 1961 chega seu namorado Ken.


Ken

Ken também sempre acompanhou a moda da época, e variava o corte do cabelo de acordo com o último estilo.


Anos 60

A Barbie também foi a primeira boneca a ser maquiada e a receber acessórios. Continuou a sua trajetória em 1960 lançou novos modelos agora ainda mais inspirados na moda contemporânea como a moda de 1950.
Os anos 60 corriam e a Barbie era a típica garota estadunidense, com seu twin-set de lã e faixas no cabelo e perucas que vinham em três cores: loura, castanha e ruiva.

* Em 1962, se vestiu de Jacqueline Kennedy, exemplo de elegância e bom gosto, com o famoso tailleur cor-de-rosa.
* Em 1965, ela ganhou pernas flexíveis.
* Em 1968, seu rosto ganhou um aspecto ainda mais jovem, com longos cílios e olhos azuis. Fechando a década, roupas floridas, estampas psicodélicas, grandes óculos e uma nova amiga, a primeira boneca negra, Christie 1969. Também começaram a ser criadas as Barbies de Lingeries.
Hoje, a boneca barbie continua se inovando a cada dia e fazendo sucesso entre todas as idades.


Anos 70

Durante os anos 70, criou se mais uma "amiga" da Barbie, Stacy. E a Barbie inspirada pela juventude e influenciada pela época, adotou um visual hippie. Foi criado também o estilo Malibu em 1971 de cabelos louros e claros e pele bronzeada. Ken também ganhou uma versão John Travolta inspirada na onda Disco e no filme "Embalos de Sábado à Noite".

O casal encarnou várias celebridades da época, a bordo de seu novo carro um modelo rosa-choque esportivo.
Em 1972, ela ganhou um trailer, passaporte para uma vida mais próxima à natureza, com suas saias de retalhos e vestidos românticos estilo Laura Ashley.


Anos 80

Os anos 80 foram marcados pelo glamour e mistura de proporções das roupas. Barbie apareceu em versão seriado Dallas com muito glitter e lábios vermelhos.
As roupas foram marcadas por transparências e mangas bufantes. A maquiagem tornou-se mais obrigatória ainda e a Barbie se tornou muito mais glamurosa. Foi nesse período que iniciou-se a produção de bonecas para colecionadores.
Em 1980, teve início a coleção étnica, com Barbies vestidas de roupas típicas de vários países. Exemplos: México, Chile, Jamaica,Brasil, Inglaterra, Holanda, França, Itália, Japão e Nigéria. Ela se veste também como pessoas famosas.


Anos 90

Barbie em 1990 chegou dirigindo uma Ferrari, se divertindo, cantando e dançando. Seus cabelos estavam mais compridos que nunca e suas roupas cada vez mais sofisticadas. Em 1992, sempre politicamente correta, ela se candidatou à presidência dos Estados Unidos.
Em 1996, ela ganhou uma amiga paraplégica, Becky, que vinha com uma cadeira de rodas.Ken ganhou uma versão Brad Pitt em 1999. No mesmo ano, foram lançadas Barbies com rostos de modelos famosas como Naomi Campbell. Para comemorar os 40 anos da Barbie também lança uma nova e exclusiva.por barbie e tao bonita assim.


Anos 2000

Sempre acompanhando os momentos sociais, ela chega ao ano 2000 mostrando que é uma mulher moderna que trabalha e possui acessórios como celular e computador. Em 2003, a Mattel lançou uma linha paralela da Barbie, a My Scene.Ela ganhou uma cara mais jovem e moderna, tudo para conquistar as meninas que preferiam bonecas mais ousadas, como as Bratz. A partir de 2006, a Barbie vem ganhando uma nova cara, mais adolescente, que adora esportes e moda (claro).Em 2007, a Mattel lançou a nova geração da Barbie,que mistura a boneca com o iPod.


Influências

A influência da Barbie nos dias de hoje é visível e sem dúvida marcante, sempre existem comparações e citações da boneca mais vendida do mundo o tempo todo, sempre alguém é chamada de Barbie por estar vestida de rosa, ou por ser loira isso prova que a Barbie cria uma linha de preocupação estética, beleza e cria um padrão de beleza e também influencia a sociedade a querer ser como a musa, pois ela é bonita, inteligente, amiga, companheira, meiga e politicamente correta. A Barbie marcou gerações inteiras e continua a marcar essas gerações devido a personalidade que foi criada para ela e sua beleza, todas querem parecer com a Barbie, todas querem ser a Barbie. A Barbie acabou gerando uma nova conduta em mulheres e crianças e criou uma nova identidade social que é perceptível em crianças, adolescentes e mulheres do mundo todo, mesmo sendo uma boneca originalmente estadunidense.


Exposições

A Barbie já esteve em exposição em vários museus, como em 1997, no Museu Nacional de Mônaco, onde foram expostas 110 bonecas vestidas por 55 estilistas. Em novembro do mesmo ano, em Milão, a casa de leilões Christie`s organizou um leilão de bonecas Barbie vestidas por cerca de 40 grandes estilistas em prol da luta contra o câncer de mama, com o nome "Uma Barbie hoje pode salvar uma mulher amanhã". Em 1998, aconteceram também a exposição "Barbie em Férias no Museu da Boneca em Paris" e a exposição no castelo de Chamerolles da coleção de 110 bonecas Barbies vestidas pelos grandes estilistas.
No Brasil, "Forever Barbie", organizada pelo Senac Moda e pela Mattel, mostrou 120 Barbies históricas, em março de 2002.


Coleções

Desde meados dos anos 80, começaram a aparecer alguns modelos limitados de Barbie, verdadeiras relíquias para colecionadores. São Barbies de várias épocas, reproduzidas com riqueza de detalhes. São modelos que, de alguma forma, prestam uma homenagem, lembrando alguém ou alguma época, como a Barbie patriota, de roupa militar da revolução americana do século 18 ou uma melindrosa de luxo dos anos 20. Fazem parte desse universo também as Barbies fantasia, vestidas de fadas, pássaros e anjos, assim como também as carreiras, de bailarina [que teve várias versões, em 61, 76, 91, 73 e 98], cantora, pianista, médica, professora, policial, piloto e astronauta, entre outros.
Em 1980, teve início a coleção étnica, com modelos vestidas de roupas típicas de vários países, como México, Chile, Jamaica, Brasil, Inglaterra, Holanda, França, Itália, Japão e Nigéria.
A partir dos 90, uma coleção de alta-costura foi criada pelos designers da Mattel, inspirados em grandes costureiros, como Givenchy. Aliás, muitos estilistas famosos vestiram a boneca em várias ocasiões, como Christian Dior, Chanel, Donna Karan, Giorgio Armani, John Galliano, entre muitos outros e também grifes como Gucci e Levi`s. O brasileiro Alexandre Herchcovitch fez um modelo especial para a boneca em 1999.
Versões românticas e clássicos do cinema, teatro e TV também vestiram Barbie e Ken, como Romeu e Julieta, O Mágico de Oz e Star Trek, além de divas, como Marilyn Monroe, Andrey Hepburn, Elizabeth Taylor e Vivien Leigh, que ganharam Barbies vestidas com seus personagens mais famosos.


fonte:http://meadd.com/barbies/news/66420

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Helena de tróia



























O rapto de Helena, que a mitologia grega descrevia como a mais bela das mulheres, desencadeou a lendária guerra de Tróia. Personagem da Ilíada e da Odisséia, Helena era filha de Zeus e da mortal Leda, esta esposa de Tíndaro, rei de Esparta.

Ainda menina, Helena foi raptada por Teseu, depois libertada e levada de volta para Esparta por seus irmãos Castor e Pólux (os Dioscuri). Para evitar uma disputa entre os muitos pretendentes, Tíndaro fez com que todos jurassem respeitar a escolha da filha. Ela se casou com Menelau, rei de Esparta, irmão mais novo de Agamenon, que se casara com uma irmã de Helena, Clitemnestra. Helena, contudo, abandonou o marido para fugir com Páris, filho de Príamo, rei de Tróia.

Os chefes gregos, solidários com Menelau, organizaram uma expedição punitiva contra Tróia que originou uma guerra de sete anos de duração. Após a morte de Páris em combate, Helena casou-se com seu cunhado Deífobo, a quem atraiçoou quando da queda de Tróia, entregando-o a Menelau, que retomou-a por esposa. Juntos voltaram a Esparta, onde viveram até a morte.

Foram enterrados em Terapne, na Lacônia. Segundo outra versão da lenda, Helena sobreviveu ao marido e foi expulsa da cidade pelos enteados. Fugiu para Rodes, onde foi enforcada pela rainha Polixo, que perdera o marido na guerra de Tróia.

Após a morte de Menelau, diz ainda outra versão, Helena casou-se com Aquiles e viveu nas ilhas Afortunadas. Helena de Tróia foi adorada como deusa da beleza em Terapne e diversos outros pontos do mundo grego. Sua lenda foi tomada como tema de grandes poetas da literatura ocidental, de Homero e Virgílio a Goethe e Giraudoux.

***

Paris raptou Helena
E em Tróia se refugiou
Menelau pai da melena
Toda Tróia sitiou...

Era grande a fortaleza
Que a Grécia tanto atacou
Pra resgatar a princesa
Que Paris escravizou...

Por fim, deram em retirada
Deixando Helena guardada.
E um cavalo de madeira...

Na entrada da cidade
Provoca curiosidade
Nos troianos sem bandeira...





Fonte: www.nomismatike.hpg.ig.com.br;www.recantodasletras.com.br;

A Ilíada
























A Apoteose de Homero - Jean Auguste Dominique Ingres, 1827


A Ilíada (do grego ΙΛΙΑΣ - ILIAS, na transliteração) é um poema épico grego que narra os acontecimentos ocorridos no período de pouco mais de 50 dias durante o décimo e último ano da Guerra de Tróia e cuja génese radica na cólera (μῆνις, mênis), de Aquiles. O título da obra deriva de um outro nome grego para Tróia, Ílion.

A Ilíada e a Odisséia são atribuídas a Homero, que se julga ter vivido por volta do século VIII a.C, na Jônia (lugar que hoje é uma região da Turquia), e constituem os mais antigos documentos literários gregos (e ocidentais) que chegaram nos nossos dias. Ainda hoje, contudo, se discute a sua autoria, a existência real de Homero, e se estas duas obras teriam sido compostas pela mesma pessoa.

A Ilíada é constituída por 15.693 versos em hexâmetro dactílico, que é a forma tradicional da poesia épica grega, e foi elaborada num dialeto literário artificial do grego antigo que nunca foi de fato falado, composto de elementos de outros dialetos. Continha elementos do grego jônico, eólico e outros.

Considera-se que tenha a sua origem na tradição oral, ou seja, teria originalmente sido cantada pelos aedos, e só muito mais tarde os versos foram compilados numa versão escrita, no século VI a.C. em Atenas. O poema foi então posteriormente dividido em 24 Cantos, divisão que persiste até hoje. A divisão é atribuída aos estudiosos da biblioteca de Alexandria, mas pode ser anterior.

A Ilíada influenciou fortemente a cultura clássica, sendo estudada e discutida na Grécia (onde era parte da educação básica) e, posteriormente, no Império Romano. Sua influência pode ser sentida nos autores clássicos, como na Eneida, de Virgílio. É considerada como a "obra fundadora" da literatura ocidental e uma das mais importantes da literatura mundial.

A Ilíada passa-se durante o nono ano da guerra de Tróia e trata da ira de Aquiles. A ira é causada por uma disputa entre Aquiles e Agamenon, comandante dos exércitos gregos em Tróia, e consumada com a morte do herói troiano Heitor (ou Héctor), terminando com seu funeral. Embora Homero se refira a uma grande diversidade de mitos e acontecimentos prévios, que eram de amplo conhecimento dos gregos e portanto da sua platéia, a história da guerra de Tróia não é contada na íntegra. Dessa forma, o conhecimento prévio da mitologia grega acerca da guerra é relevante para a compreensão da obra.

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A guerra de Tróia

Os gregos antigos acreditavam que a guerra de Tróia era um fato histórico, ocorrido por volta de 1200 a.C. no período micênico, mas alguns estudiosos atuais têm dúvidas sobre se ela de fato ocorreu. Até a descoberta do sítio arqueológico na Turquia, na Anatólia, acreditava-se que Tróia era uma cidade mitológica. A Guerra de Tróia deu-se quando os aqueus atacaram a cidade de Tróia, buscando vingar o rapto de Helena, esposa do rei de Esparta, Menelau, irmão de Agamémnom. Os aqueus eram os povos que hoje conhecemos como gregos, que compartilhavam uma cultura e língua comuns, mas na época se definiam como vários reinos, e não como um povo uno. A lenda conta que a deusa (ninfa) do mar Tétis era desejada como esposa por Zeus e seu irmão Poseidon. Porém Prometeu profetizou que o filho da deusa seria maior que seu pai; então os deuses resolveram dá-la como esposa a Peleu, um mortal já idoso, intencionando enfraquecer o filho, que seria apenas um humano. O filho de ambos é o guerreiro Aquiles. Sua mãe, visando fortalecer sua natureza mortal, mergulhou-o, ainda bebê, nas águas do mitológico rio Estige. As águas tornaram o herói invulnerável, exceto no calcanhar, por onde a mãe o segurou para o mergulhar no rio (daí a famosa expressão “calcanhar de Aquiles”, significando ponto vulnerável). Aquiles tornou-se o mais poderoso dos guerreiros, porém, ainda era mortal. Mais tarde, sua mãe profetiza que ele poderá escolher entre dois destinos: lutar em Tróia e alcançar a glória eterna, mas morrer jovem, ou permanecer em sua terra natal e ter uma longa vida, mas sendo logo esquecido. Para o casamento de Peleu e Tétis todos os deuses foram convidados, menos Éris, ou Discórdia. Ofendida, a deusa compareceu invisível e deixou à mesa um pomo de ouro com a inscrição “à mais bela”. As deusas Hera, Atena e Afrodite disputaram o pomo e o título de mais bela. Zeus então ordenou que o príncipe troiano Páris, à época sendo criado como um pastor ali perto, resolvesse a disputa. Para ganhar o título de “mais bela”, Atena ofereceu a Páris poder na batalha, Hera o poder e Afrodite o amor da mulher mais bela do mundo. Páris deu o pomo a Afrodite, ganhando assim sua proteção, porém atraindo o ódio das outras duas deusas contra si e contra Tróia. A mulher mais bela do mundo era Helena, filha de Zeus e Leda. Leda era casada com Tíndaro, rei de Esparta. Helena possuía diversos pretendentes, que incluiam muitos dos maiores heróis da Grécia, e o seu pai adotivo, Tíndaro, hesitava tomar uma decisão em favor de um deles temendo enfurecer os outros. Finalmente um dos pretendentes, Odisseu (cujo nome latino era Ulisses), rei de Ítaca, resolveu o impasse propondo que todos os pretendentes jurassem proteger Helena e sua escolha, qualquer que fosse. Helena então se casou com Menelau, que se tornou o rei de Esparta. Quando Páris foi a Esparta em missão diplomática, se enamorou de Helena e ambos fugiram para Tróia, enfurecendo Menelau. Este apelou aos antigos pretendentes de Helena, lembrando o juramento que haviam feito. Agamémnom então assumiu o comando de um exército de mil barcos e atravessou o Mar Egeu para atacar Tróia. As naus gregas desembarcaram na praia próxima a Tróia e iniciaram um cerco que duraria 10 anos, custando a vida de muitos heróis, de ambos os lados. Finalmente, seguindo um estratagema proposto por Odisseu, o famoso Cavalo de Tróia, os gregos conseguiram invadir a cidade governada por Príamo e terminar a guerra.

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Personagens principais
A Ilíada é um poema extenso e possui uma grande quantidade de personagens da mitologia grega e Homero assumia que seus ouvintes estavam familiarizados com esses mitos, o que pode causar confusão ao leitor moderno. Segue um resumo dos personagens que tomam parte na Ilíada:

Os Aqueus
Os gregos antigos não se definiam como “gregos” ou “Helênicos”, denominação posterior, mas como “aqueus”, compostos por diversos povos de diversos reinos que tinham uma língua e cultura razoavelmente compartilhada. Os aqueus também são chamados de “Dânaos” por Homero.

Aquiles: príncipe de Ftia, líder dos mirmidões (mirmídones), herói e melhor de todos os guerreiros, filho da deusa marinha Tétis e do mortal rei Peleu. Sua ira é o tema central da Ilíada. Vinga a morte do amigo Pátroclo matando Heitor em um duelo um a um.
Agamêmnon: Rei de Micenas e comandante supremo dos aqueus, sua atitude de tomar a escrava Briseide de Aquiles é o estopim do desentendimento entre eles.
Pátroclo: Amigo de Aquiles. Alguns argumentam que há envolvimento íntimo entre Aquiles e Pátroclo, o que foi, no entanto, refutado por Sócrates, no Diálogo Fedro, citando passagens da Ilíada que dizem que Aquiles e Pátroclo dormiam em leitos separados, cada um com sua respectiva concubina. Foi morto por Heitor enquanto fingia ser Aquiles.
Odisseu (Ulisses): Rei de Ítaca, considerado “astuto”, ou “ardiloso”. Freqüentemente faz o papel de embaixador entre Aquiles e Agamémnom. Foi ele que teve a idéia de fazer uma armadilha aos troianos. É o personagem principal de "Odisséia", também atribuído a Homero em que é narrada a volta de Ulisses à Ítaca
Calcas Testorídes: Poderoso vidente que guia os aqueus. Foi ele que predisse que a guerra duraria 10 anos, que era preciso devolver Criseida ao pai e muitas outras coisas.
Ájax, Nestor, Idomeneu: Reis e heróis gregos, que comandavam exércitos de seus reinos sob a supervisão geral de Agamenon.
Diomedes: Príncipe de Argos, comandava a frota de navios de seu reino. Herói valente que participou ativamente do cerco, da pilhagem e do saque de Tróia
Menelau: Rei de Esparta, marido de Helena e irmão mais novo de Agamémnom.

Os Troianos e seus aliados
Heitor, ou Héctor: Príncipe de Tróia, filho de Príamo e irmão de Páris. É o melhor guerreiro Troiano, herói valoroso que combate para defender sua cidade e sua família. Líder dos exércitos troianos. Mata Pátroclo em uma batalha achando que ele era Aquiles porque usava sua armadura, escudo e espada sem mencionar a semelhança física entre os dois. Morto por Aquiles em um duelo.
Príamo: rei de Tróia, já é idoso, portanto quem comanda de fato a luta é seu filho, Heitor.
Páris: Príncipe de Tróia, sua fuga com Helena é a causa da guerra. É sua a flecha que finalmente mata Aquiles, acertando-o no calcanhar.
Enéias: Primo de Heitor e seu principal tenente. É o personagem principal da Eneida, obra máxima do poeta latino Virgílio.
Helena: Esposa de Páris, antes casada com Menelau, e pivô da guerra. Com a queda de Tróia volta para Esparta e para Menelau.
Andrómaca: Esposa de Heitor, de quem tinha um filho bebê, Astíanax.
Briseis: Prima de Heitor e Páris, capturada pelos Aqueus, se torna escrava de Aquiles e acaba se apaixonando por ele e vice-versa.


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Os Deuses
Os deuses gregos tomam parte ativa na trama, envolvendo-se na batalha e ajudando ambos os lados. Notadamente temos Tétis (mãe de Aquiles) Apolo, Zeus, Hera, Atena, Poséidon, Afrodite e Ares.


Temas na Ilíada
Embora a Ilíada narre uma série de acontecimentos da guerra de Tróia e se refira a uma série de outros, seu tema principal é o ciclo da ira de Aquiles, da sua causa ao seu arrefecimento. Isto fica claro logo na primeira linha do poema. A palavra grega mēnin, ira, é a primeira do poema, cuja famosa primeira linha é "Menin aeide, Thea, Peleiadeo Aquileos". Em português seria “A ira canta, Deusa, de Peléio Aquiles” ou, adaptando, “Canta, Deusa, a ira do filho de Peleu, Aquiles”. Através da consumação dessa ira, é tratada a humanização do herói e semideus Aquiles, sempre conflitado por sua dupla natureza, filho de deusa e homem, portanto mortal.

A questão da escolha entre valores materiais, como a segurança e a vida longa, e valores morais, mais elevados, como a glória e o reconhecimento eterno, é tratada na escolha com que Aquiles se defronta: lutar, morrer jovem e ser lembrado para sempre, ou permanecer seguro e ser esquecido.

A soberba de Aquiles contrasta grandemente com a sobriedade de Heitor, também grande herói, que não busca a glória como Aquiles, mas luta pela segurança de sua família e de sua cidade, e a preservação de suas raízes troianas.

A guerra e suas conseqüências também é tema central na Ilíada, sendo ricamente retratada.

A condição humana é magistralmente trabalhada por Homero, mostrando os dilemas mortais, as interferências de instâncias superiores e suas conseqüências, personificadas nos deuses que tomam partido.

Amizade, honra e muitos outros temas abstratos também fazem parte da obra, compondo um belo painel da alma humana, o que é, sem dúvida, uma das qualidades que têm determinado a longieviedade da narrativa homérica na cultura universal.



Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Era vitoriana























A Era Vitoriana no Reino Unido foi o período do reinado da Rainha Vitória, em meados do Século XIX, a partir de Junho de 1837 a Janeiro de 1901.

Este foi um longo período de prosperidade e paz (Pax Britannica) para o povo britânico, como os lucros adquiridos a partir da expansão do Império Britânico no estrangeiro, bem como o auge e consolidação da Revolução Industrial e o surgimento de novas invenções, isso permitiu que uma grande e educada classe média se desenvolvesse.

Alguns estudiosos poderiam estender o início do período à época da aprovação do Ato de Reforma de 1832, como a marca do verdadeiro início de uma nova era cultural. A Era Vitoriana foi precedida pela Era da Regência ou Período Georgiano e antecedeu o período Eduardiano. A segunda metade da Era Vitoriana coincidiu com a primeira parte da Belle Époque, ocorrido principalmente na Europa continental.

Ao final do século, as políticas do Novo Imperialismo levou ao aumento de conflitos coloniais e eventualmente, a Guerra Anglo-Zanzibari e a Guerra dos Bôeres na África. Internamente, a política se torna cada vez mais liberal, com uma série de mudanças graduais na direção de reformas políticas e ao alargamento dos direitos do voto.

Durante a Era Vitoriana a população da Inglaterra quase duplicou, passando de 16,8 milhões em 1851 para 30,5 milhões em 1901. A população da Irlanda diminuiu rapidamente, de 8,2 milhões em 1841 para menos de 4,5 milhões em 1901.

No início da Era Vitoriana, a Câmara dos Comuns foi dominada por dois partidos, os "Whigs" e os "Tories". A Partir de 1850 os Whigs são chamados de Liberais e os Tories ficaram conhecidos como Conservadores. Ambas as partes foram lideradas por estadistas proeminentes incluindo Lorde Melbourne, Sir Robert Peel, Lorde Derby, Lorde Palmerston, William Gladstone, Benjamin Disraeli e Lord Salisbury.

Eventos
1832 - Aprovação do primeiro Ato de Reforma .
1837 - Ascensão da rainha Vitória para ao trono.
1840 - A Nova Zelândia se torna uma colônia britânica, através do Tratado de Waitangi.
1842 - Massacre do exército Elphinstone pelos afegãos no Afeganistão, resultando na morte ou prisão de 16.500 soldados e civis.
1842 - O "Ato das Minas" de 1842 proíbe as mulheres e as crianças trabalhem em minas de carvão, ferro, chumbo e estanho.
1842 - O "Illustrated London News" foi publicada pela primeira vez.
1845 - A Grande Fome Irlandesa. A pior catástrofe humana do Reino Unido, a morte por inanição e a emigração em massa reduziu a população da Irlanda em mais de 50%. Essa tragédia definitivamente mudou a demografia da Irlanda e se tornou um ponto culminante do sentimento nacionalista que permeou política britânica durante a maior parte do século seguinte.
1848 - 2.000 pessoas morrem por semana, em uma epidemia de cólera.
1850 - Restauração da hierarquia católica-romana na Grã-Bretanha.
1851 - A Grande Exposição(considerada a 1° Grande Feira Mundial), realizada no Hyde Park em Londres apresentou as maiores inovações do século. Em seu centro havia o Palácio de Cristal, um enorme módulo de vidro e estrutura de ferro (a primeira do seu tipo). Essa estrutura foi condenada por John Ruskin como o modelo de desumanização no desenho, mas mais tarde veio a ser apresentado como o protótipo da arquitetura moderna.O aparecimento da fotografia, que foi demonstrada na Grande Exposição, resultou em mudanças significativas na arte vitoriana.
1851 - A Corrida do Ouro Vitoriana. Em dez anos, a população australiana quase triplicou.
1854 - Guerra da Criméia: O Reino Unido declara guerra à Rússia.
1857 - O Motim dos Indianos: Uma revolta generalizada na Índia contra a Companhia Britânica das Índias Orientais, foi impulsionado pelos Sipais (Soldados indianos à serviço da Coroa Britânica). A rebelião, que não envolveu apenas Sipais, mas muitos setores da população indiana, tendo sido dentro de um ano. Em resposta ao motim, a Companhia Britânica das Índias Orientais foi abolida em Agosto de 1858 e se inicia o período do Raj britânico.
1859 - Charles Darwin publica "A Origem das Espécies".
1861 - A morte do príncipe Albert, a Rainha se recusa a sair em público por muitos anos.
1875 - O Reino Unido compra do Egito ações sobre o canal de Suez.
1878 - Tratado de Berlim é assinado. Chipre se torna uma colônia Britânica.
1882 - As tropas britânicas começam a ocupação do Egito, a fim de assegurar uma rota comercial e a passagem para a Índia, o país se torna um protetorado.
1888 - O assassino em série conhecido como "Jack o Estripador" assassinou e mutilou prostitutas nas ruas de Londres, levando a uma e histeria e cobertura internacional da imprensa. Os jornais usaram as mortes para trazer maior foco na situação difícil dos desempregados e para atacar líderes políticos e da polícia. Apesar do assassino nunca ter sido capturado, o caso levou a renúncia de Sir Charles Warren.
1901 - Com a morte da Rainha Vitória, Eduardo, seu filho, ascende ao trono e dá início ao Período Eduardiano.

Cultura
Elementos culturais notáveis da era vitoriana incluem:

Na Arquitetura

O Reavivamento da arquitetura gótica se tornou cada vez mais significativo nesse período, levando ao conflito entre os ideais góticos e clássicos. A arquitetura para o novo Palácio de Westminster (danificado em 1834 por um incêndio) planejada pelo arquiteto Charles Barry traz elementos góticos, inspirados nas partes intactas do edifício. A intenção foi construir uma narrativa de continuidade cultural, em oposição aos violentos rompimentos culturais e artísticos como a Revolução Francesa.

Na literatura
Os romances de George Eliot, Thomas Love Peacock, Charles Dickens, Sir Arthur Conan Doyle, Anne Brontë, Wilkie Collins, Oscar Wilde, Charlotte Brontë, Emily Brontë, Walter Scott, William Makepeace Thackeray, Lewis Carroll, Robert Louis Stevenson e Thomas Hardy.
A poesia britânica de Alfred Tennyson, William Morris, Dante Gabriel Rossetti, Algernon Charles Swinburne, Matthew Arnold, Christina Rossetti, Emily Brontë, Lionel Johnson, Ernest Dowson, o jovem W.B. Yeats, Thomas Hardy, Gerard Manley Hopkins, Alfred Edward Housman e de Robert Browning.
As redações Thomas Carlyle, John Henry Newman, John Stuart Mill e Walter Pater.
A década de 1890 é de particular interesse, onde viram-se as primeiras tentativas por parte dos escritores ingleses de adotar os métodos e ideais dos simbolistas franceses.

No drama

Adaptações para os palcos do Frankenstein de Mary Shelley e do novo gênero de romances sobre vampiros. Em 1849 as histórias de Frankenstein e dos vampiros são finalmente combinadas em Frankenstein; ou A Vítima do Vampiro. Em 1887, The Model Man, uma peça teatral na qual o monstro Frankenstein e um vampiro estão no Ártico, aparece em Londres.
O drama e espírito de humor de Oscar Wilde.
Controvérsia sobre as peças de Henrik Ibsen no palco de Londres, com homens como James Joyce e George Bernard Shaw apoiando o novo estilo dramático da gelada Noruega.

Na religião

O movimento Oxford/Tractarian no início do reinado de Vitória.
Em 1865, William Booth começou o Exército da Salvação em Londres.
A ascensão da teosofia e de outros interesses ocultos na década de 1890.

Na música

A colaboração entre Arthur Sullivan, compositor, e W.S. Gilbert, libretista, um dos mais bem sucedidos duos do teatro musical e da operetta.
No esporte
Foi na época vitoriana que os esportes foram sistematizados nas escolas inglesas. Desta forma reiniciava-se a era das atividades físicas que foi interrompida por Teodósio no século IV. Este movimento foi o início do renascimento dos jogos olímpicos, que aconteceria em 1896 em Atenas, e este foi idealizado pelo Barão de Cobertin, mas o mérito deve ser dado aos primórdios da Educação Física Inglesa que já idealizava a formação do homem como um todo, nem só intelectual e nem só físico.

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Era Vitoriana - Conheça a origem dessa influência







Entre as tendências mais marcantes desta temporada, está a era vitoriana como influenciadora direta da moda dos últimos tempos. Tem sido cada vez mais comum encontrarmos nas roupas de agora traços da moda daquele período (séc XIX). Nos desfiles europeus, nas coleções para o Outono/Inverno, houveram muitas alusões ao passado, especialmente à época do reinado da rainha Vitória (1837-1901). É a moda repleta de volumes, forma balão, mangas fofas, muitos babados, rendas e gola alta. Além, é claro, das tonalidades escuras e a clássica sobriedade do preto.

O início do período vitoriano (1837- 1860) é marcado pelo extremo recato das mulheres, que tinham seus movimentos restritos pelas pesadas vestes, mangas coladas e crinolina. A aparência das damas era de vulnerabilidade, as roupas eram desenhadas para fazerem as mulheres parecerem fracas e impotente, como de fato elas eram. As cores eram claras. O espartilho, que fazia mal à coluna e deformava, inclusive os órgãos internos, as debilitava ainda mais, impedindo-as de respirar profundamente. Além de elegante, o espartilho era considerado uma necessidade médica à constituição feminina, usado, inclusive, em versões juvenis a partir dos três ou quatro anos. Os cabelos eram cacheados, o ideal de beleza do início da era vitoriana exigia às mulheres uma constituição pequena e esguia, olhos grandes e escuros, boca pequenina e ombros caídos. A mulher deveria ser algo entre as crianças e os anjos: frágeis, tímidas, inocentes e sensíveis. A fraqueza e a inanidade eram consideradas qualidades desejáveis em uma mulher, era elegante ser pálida e desmaiar facilmente. “Saúde de ferro” e vigor eram características “vulgares das classes baixas”, reservadas às criadas e operárias.

No livro “A Linguagem das Roupas”, Lurie descreve sobre o debilitante espartilho: “A mulher vitoriana usava várias camadas de corpetes. Três ou mais anáguas, uma armação de saia ou crinolina, e um vestido comprido que talvez contivesse vinte metros de lã grossa ou seda, e que freqüentemente, tinha barbatanas no corpinho e era adornado com tecido, fitas e contas complementares. Quando saía de casa, acrescentava um xale pesado e uma grande touca ou chapéu decorado com penas, flores, fitas e véu. Tudo junto, talvez carregasse de cinco a quinze quilos de roupa.”

O reinado da rainha Vitória é marcado pela instalação moral e puritanismo, ela era uma figura solene. Em 1840 ela casa-se com Albert, e este torna-se o Príncipe Consorte. Esta época é tida como o apogeu das atitudes vitorianas, período pudico com um código moral estrito. Isto dura, aproximadamente, até 1890, quando o espirituoso estilo de vida “festeiro e expansivo” do príncipe de Gales, Edward, ecoava na sociedade da época. Em 1861 morre o príncipe Albert e ela mergulha em profunda tristeza, não tirando o luto até o fim de sua vida (1902).


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terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Luís Vaz de Camões
























Luís Vaz de Camões (c. 1524 — 10 de Junho de 1580) é frequentemente considerado como o maior poeta de língua portuguesa e dos maiores da Humanidade. O seu génio é comparável ao de Virgílio, Dante, Cervantes ou Shakespeare; das suas obras, a epopéia Os Lusíadas é a mais significativa.

"Tão grandes homens como este, em letras, juizo e qualidade, não dizem coisa que não seja para ser dita" : Manuel de Faria e Sousa in Rimas de Camões, 1685, p. 32


Origens e juventude
Desconhece-se a data e o local onde terá nascido Camões. Admite-se que nasceu entre 1517 e 1525. A sua família é de origem galega que se fixou em Vilar de Nantes, freguesia do concelho de Chaves e mais tarde terá ido para Coimbra e para Lisboa, lugares que reivindicam ser o local de seu nascimento. Frequentemente fala-se também em Alenquer, mas isto deve-se a uma má interpretação de um dos seus sonetos, onde Camões escreveu "[…] / Criou-me Portugal na verde e cara / pátria minha Alenquer […]". Esta frase isolada e a escrita do soneto na primeira pessoa levam as pessoas a pensarem que é Camões a falar de si. Mas a leitura atenta e completa do soneto permite concluir que os factos aí presentes não se associam à vida de Camões. Camões escreveu o soneto como se fosse um indivíduo, provavelmente um conhecido seu, que já teria morrido com menos de 25 anos de idade, longe da pátria, tendo como sepultura o mar.

O pai de Camões foi Simão Vaz de Camões e sua mãe Ana de Sá e Macedo. Por via paterna, Camões seria trineto do trovador galego Vasco Pires de Camões, e por via materna, aparentado com o navegador Vasco da Gama.

Entre 1542 e 1545, viveu em Lisboa, trocando os estudos pelo ambiente da corte de D. João III, conquistando fama de poeta e feitio altivo.

Viveu algum tempo em Coimbra onde teria freqüentado o curso de Humanidades, talvez no Mosteiro de Santa Cruz, onde tinha um tio padre, D. Bento de Camões. Não há registos da passagem do poeta por Coimbra. Em todo o caso, a cultura refinada dos seus escritos torna a única universidade de Portugal do tempo como o lugar mais provável de seus estudos.

Ligado à casa do Conde de Linhares, D. Francisco de Noronha, e talvez preceptor do filho D. António, segue para Ceuta em 1549 e por lá fica até 1551. Era uma aventura comum na carreira militar dos jovens, recordada na elegia Aquela que de amor descomedido. Num cerco, teve um dos olhos vazados por uma seta pela fúria rara de Marte. Ainda assim, manteve as suas potencialidades de combate.

De regresso a Lisboa, não tarda em retomar a vida boémia. São-lhe atribuídos vários amores, não só por damas da corte mas até pela própria irmã do Rei D. Manuel I. Teria caído em desgraça, a ponto de ser desterrado para Constância. Não há, porém, o menor fundamento documental de que tal fato tenha ocorrido.

Segundo Manuel de Faria e Sousa seu principal biografa e comentador, em 1550 Camões destina-se a passar à Índia. Vem no registo da Armada de esse ano, que Faria encontrou o seguinte : " Luís de Camões, filho de Simão Vaz e Ana de Sá, moradores em Lisboa, na Mouraria ; escudeiro, de 25 anos, barbirruivo, trouxe por fiador a seu pai; vai na nau de S. Pedro dos Burgaleses." Ia assentado entre os homens de armas. Afinal não embarcou.

No dia de Corpus Christi de 1552 entra em rixa, e fere um certo Gonçalo Borges. Preso, é libertado por carta régia de perdão de 3 de Março de 1553 : " é um mancebo e pobre e me vai este ano servir à Índia". Embarca então na armada de Fernão Álvares Cabral, a 24 desse mesmo mês. O mesmo Manuel de Faria e Sousa encontrou o registo dessa Armada onde vem, sob o título "Gente de guerra", o seguinte assento: " Fernando Casado, filho de Manuel Casado e de Branca Queimada, moradores em Lisboa, escudeiro; foi em seu lugar Luís de Camões, filho de Simão Vaz e Ana de Sá, escudeiro; e recebeu 2400 como os demais".

Oriente
Chegado a Goa, Camões toma parte na expedição do vice-rei D. Afonso de Noronha contra o rei de Chembe, conhecido como o "rei da pimenta". A esta primeira expedição refere-se a elegia "O Poeta Simónides falando". Depois Camões fixou-se em Goa onde escreveu grande parte da sua obra épica. Considerou a cidade como uma "madrasta de todos os homens honestos" e ali estudou os costumes de cristãos e hindus, e a geografia e a história locais. Tomou parte em mais expedições militares. Entre Fevereiro e Novembro de 1554 integrou a Armada de D. Fernando de Meneses, constituída por mais de 1000 homens e 30 embarcações, ao Golfo Pérsico, aí sentindo a amargura expressa na canção "Junto de um seco, fero e estéril monte". No regresso foi nomeado "provedor-mor dos defuntos nas partes da China" pelo Governador Francisco Barreto, para quem escreveria o "Auto do Filodemo".

Em 1556 partiu para Macau, onde continuou os seus escritos. Viveu numa gruta, hoje com o seu nome, e aí terá escrito boa parte d'Os Lusíadas. Naufragou na foz do rio Mekong, onde conservou de forma heróica o manuscrito da obra, então já adiantada (cf. Lus., X, 128). No desastre teria morrido a sua companheira chinesa Dinamene, celebrada em série de sonetos. É possível que datem igualmente dessa época ou tenham nascido dessa dolorosa experiência as redondilhas "Sôbolos rios".

Regressou a Goa antes de Agosto de 1560 e pediu a protecção do Vice-rei D. Constantino de Bragança num longo poema em oitavas. Aprisionado por dívidas, dirigiu súplicas em verso ao novo Vice-rei, D. Francisco Coutinho, conde do Redondo, para ser liberto.


Camões na prisão de Goa, Moreaux pinxit et lithDe regresso ao reino, em 1568 fez escala na ilha de Moçambique, onde, passados dois anos, Diogo do Couto o encontrou, como relata na sua obra, acrescentando que o poeta estava "tão pobre que vivia de amigos" (Década 8.ª da Ásia). Trabalhava então na revisão de Os Lusíadas e na composição de "um Parnaso de Luís de Camões, com poesia, filosofia e outras ciências", obra roubada. Diogo do Couto pagou-lhe o resto da viagem até Lisboa, onde Camões aportou em Abril de 1570, na nau Santa Clara : "Em Cascais, as naus fundeadas esperavam que Diogo do Couto voltasse de Almeirim, onde fora solicitar de el-rei a sua entrada no Tejo, porque Lisboa estava fechada com a peste. Logo que a ordem veio, a Santa Clara"" entrou a barra." (Oliveira Martins)

Em 1580, em Lisboa, assistiu à partida do exército português para o norte de África.

Faleceu numa casa de Santana, em Lisboa, sendo enterrado numa campa rasa numa das igrejas das proximidades. Os seus restos encontram-se atualmente no Mosteiro dos Jerónimos.



Os Lusíadas e a obra lírica
Ver artigo principal: Os Lusíadas

Luís de Camões por François Gérard, na edição dos Lusíadas do Morgado de Matheus.Os Lusíadas é considerada a principal epopéia da época moderna devido à sua grandeza e universalidade. As realizações de Portugal desde o Infante D. Henrique até à união dinástica com Espanha em 1580 são um marco na História, marcando a transição da Idade Média para a Época Moderna. A epopeia narra a história de Vasco da Gama e dos heróis portugueses que navegaram em torno do Cabo da Boa Esperança e abriram uma nova rota para a Índia. É uma epopéia humanista, mesmo nas suas contradições, na associação da mitologia pagã à visão cristã, nos sentimentos opostos sobre a guerra e o império, no gosto do repouso e no desejo de aventura, na apreciação do prazer e nas exigências de uma visão heróica.

As armas e os barões assinalados
Que, da ocidental praia lusitana,
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo reino, que tanto sublimaram.
(...)
Cantando espalharei por toda a parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte

— Camões, Lusíadas, Canto I.

A obra lírica de Camões foi publicada como "Rimas", não havendo acordo entre os diferentes editores quanto ao número de sonetos escritos pelo poeta e quanto à autoria de algumas das peças líricas. Alguns dos seus sonetos, como o conhecido Amor é fogo que arde sem se ver, pela ousada utilização dos paradoxos, prenunciam o Barroco.

O estilo

É fácil reconhecer na obra poética de Camões dois estilos não só diferentes, mas talvez até opostos: um, o estilo das redondilhas e de alguns sonetos, na tradição do Cancioneiro Geral; outro, o estilo de inspiração latina ou italiana de muitos outros sonetos e das composições (h)endecassílabas maiores. Chamaremos aqui ao primeiro o estilo engenhoso, ao segundo o estilo clássico.

O estilo engenhoso, tal como já aparece no Cancioneiro Geral, manifesta-se sobretudo nas composições constituídas por mote e voltas. O poeta tinha que desenvolver um mote dado, e era na interpretação das palavras desse mote que revelava a sua subtileza e imaginação, exactamente como os pregadores medievais o faziam ao desenvolver a frase bíblica que servia de tema ao sermão. No desenvolvimento do mote havia uma preocupação de pseudo-rigor verbal, de exactidão vocabular, de modo que os engenhosos paradoxos e os entendimentos fantasistas das palavras parecessem sair de uma espécie de operação lógica.

As obras dele foram divididas em líricas e amorosas. Um exemplo das obras líricas foi Os Lusíadas, dividido em 10 cantos, exalta a conquista de Portugal na rota das índias.




Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Besouro

História













Quando Manoel Henrique Pereira nasceu, não havia nem dez anos que o Brasil tinha sido o último país do mundo a libertar seus escravos.

Naqueles tempos pós-abolição nossos negros continuavam tão alijados da sociedade que muitos deles ainda se questionavam se a liberdade tinha sido, de fato, um bom negócio. Afinal, antes de 1888 eles não eram cidadãos, mas tinham comida e casa para morar. Após a abolição, criou-se um imenso contingente de brasileiros livres, porém desempregados e sem-teto. A maioriasem preparo para trabalhar em outros serviços além daqueles mesmos que já realizavam na época da escravatura. E quase todos ainda sem a plena consciência de sua cidadania. O resultado desse quadro, principalmente nas regiões rurais, onde estavam os engenhos de açúcar e plantações de café, foi o surgimento de um grande contingente de negros libertos que continuavam, mesmo anos após a abolição, submetendo-se aos abusos e desmandos perpetrados por fazendeiros e senhores de engenho.

Assim era sociedade rural brasileira de 1897, ano em que Manoel Henrique Pereira, filho dos ex-escravos João Grosso e Maria Haifa, nasceu na cidade de Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo Baiano.

Vinte anos depois, Manoel já era muito mais conhecido na cidade como Besouro Mangangá - ou Besouro Cordão de Ouro -, um jovem forte e corajoso, que não sabia ler nem escrever, mas que jogava capoeira como ninguém e não levava desaforo para casa. Como quase todos os negros de Santo Amaro na época, vivia em função das fazendas da região, trabalhando na roça de cana dos engenhos. Mas, ao contrário da maioria, ele não tinha medo dos patrões. E foram justamente os atritos com seus empregadores - e posteriormente com a polícia - que deixaram Besouro conhecido e começaram a escrever a sua imortalidade na cultura negra brasileira.

Há poucos registros oficiais sobre sua trajetória, mas é de se supor que a postura pouco subserviente do capoeirista tenha sido interpretada pelas autoridades da época como uma verdadeira subversão. Não por acaso, constam nas histórias sobre ele episódios de brigas grandiosas com a polícia, nas quais ele sempre se saía melhor, mesmo quando enfrentava as balas de peito aberto. Relatos de fugas espetaculares, muitas vezes inexplicáveis, deram origem a seu principal apelido: Mangangá é uma denominação regional para um tipo de besouro que produz uma dolorosa ferroada. O capoeirista era, portanto, "aquele que batia e depois sumia". E sumia como? Voando, diziam as pessoas...
Histórias como essas, verdadeiras ou não, foram aos poucos construindo a fama de Besouro. Que se tornou um mito - e um símbolo da luta pelo reconhecimento da cultura negra no Brasil - nos anos que se sucederam à sua morte.

Morte que ocorreu, também, num episódio cercado de controvérsias. Sabe-se que ele foi esfaqueado, após uma briga com empregados de uma fazenda. Registros policiais de Santo Amaro indicam que ele foi vítima de uma emboscada preparada pelo filho de um fazendeiro, de quem era desafeto. Já a lenda reza que Besouro só morreu porque foi atingido por uma faca de ticum, madeira nobre e dura, tida no universo das religiões afro-brasileiras como a única capaz de matar um homem de "corpo fechado".

E Besouro, o mito, certamente era um desses.

20 de novembro, dia da consciência Negra!

Fonte: http://www.besouroofilme.com.br/

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Chapolin

História
























...Em 1970 surgiu o programa "Chespirito", onde apareciam vários quadros de humor, no mesmo estilo de programas como "Zorra Total" e "A Praça é Nossa", mas tinha um pouco de graça e era mais bem produzido que as imitações brasileiras. Nesse programa apareceu pela primeira vez "El Chapulin Colorado" (Chapolin Colorado para os brasileiros)..O quadro logo virou um grande sucesso, ganhando horário próprio e
se transformando em um dos maiores sucessos da televisão na década de 70.

...Em 1973, a TV Tim - emissora dos programas Chaves e Chapolin - foi comprada pela Televisa, o que resultou em uma grande melhoria técnica nos dois seriados. Nessa mesma época, Chaves e Chapolin viraram sucesso internacional, sendo exportados para vários países da América Latina e posteriormente para mais de 70 países.

..O último episódio do Chapolin Colorado foi ao ar em 1979, uma edição especial para relembrar as aventuras do super-herói mexicano e exaltar suas vitudes. Mas Chapolin Colorado retornaria em 1984, porém do mesmo jeito que começou: como um quadro do programa "Chespirito", sendo definitivamente cancelado no ano de 1993.


Fonte:http://www.chapolin.org/historia.htm

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Astecas - história do povo asteca

A história dos astecas, cultura asteca, as pirâmides, História do México, povos pré-colombianos,
religião asteca, economia e arquitetura.






















Os astecas (1325 até 1521; a forma azteca também é usada) foram uma civilização mesoamericana, pré-colombiana, que floresceu principalmente entre os séculos XIV e XVI, no território correspondente ao atual México.

Na sucessão de povos mesoamericanos que deram origem a essa civilização destacam-se os toltecas, por suas conquistas civilizatórias, florescendo entre o século X e o século XII seguidos pelos chichimecas imediatamente anteriores e praticamente fundadores do Império Asteca com a queda do Império Tolteca.

O idioma asteca era o nahuatl.

Os astecas foram derrotados e sua civilização destruída pelos conquistadores espanhóis, comandados por Fernando Cortez.


Descobriu-se depois que são originários do norte, e invadiram uma cidade já existente no local, teotihuacán, dominaram seus construtores e se tornaram os donos do lago. Eram guerreiros sanguinários, e seus rituais religiosos incluíam vítimas humanas.

Construíram, numa ilha do lago Texcoco, uma cidade que ficou sendo a capital asteca: Tenochtitlán. Tinha grandes templos, pirâmides cheias de escadas, ruas pavimentadas e grandes arcos de pedra. Para as plantações de mandioca, cacau, algodão, fumo e outras, usavam um sistema de irrigação bastante adiantado, com aquedutos e canais por onde transitavam barcos. Como todos os outros povos pré-colombianos, os astecas não conheciam a roda.

Tinham uma escrita bastante complicada, um calendário baseado no ano solar de 365 dias, e conhecimentos de astronomia que assombraram os cientistas modernos.

O povo era organizado em classes sociais, com nobres, soldados, comerciantes e trabalhadores, e praticavam o comércio com outros povos. Havia escolas militares, religiosas e profissionais para as diversas classes sociais.

Fernão Cortez dominou os astecas em 1519, fazendo-se passar pelo deus branco que era esperado pelo povo. Os últimos reis astecas foram: Itzcoatl e Montesuma. A capital asteca foi destruída, e em seu lugar surgiu a cidade do México, onde se vêem ainda sinais da grande civilização que a precedeu.
...

Formação do Império, arquitetura, religião, imperador Montezuma,
agricultura, economia, artesanato, cultura e arte.

Introdução

Povo dedicado à guerra, os astecas habitaram a região do atual México entre os séculos XIV e XVI. Fundaram no século XIV a importante cidade de Tenochtitlán (atual Cidade do México), numa área de pântanos, próxima do lago Texcoco.

Sociedade asteca

A sociedade era hierarquizada (dividida em camadas bem definidas) e comandada por um imperador, chefe do exército. A nobreza era também formada por sacerdotes e chefes militares. Os camponeses, artesãos e trabalhadores urbanos compunham grande parte da população. Esta camada mais baixa da sociedade era obrigada a exercer um trabalho compulsório para o imperador, quando este os convocava para trabalhos em obras públicas (canais de irrigação, estradas, templos, pirâmides).

Imperadores

*Acamapichitli (1376–1395)
*Huitzilíhuitl (1395–1417)
*Chimalpopoca (1417–1427)
*Itzcóatl (1427-1440)
*Montezuma I (1440-1469)
*Axayacatl (1469-1481)
*Tízoc (1481-1486)
*Ahuizotl (1486-1502)
*Montezuma II (1502-1520)
*Cuitláhuac (1520)
*Cuauhtémoc (1520-1521)

Montezuma

Durante o governo do imperador Montezuma II (início do século XVI), o império asteca chegou a ser formado por aproximadamente 500 cidades, que pagavam altos impostos para o imperador. O império começou a ser destruído em 1519 com as invasões espanholas. Os espanhóis dominaram os astecas e tomaram grande parte dos objetos de ouro desta civilização. Não satisfeitos, ainda escravizaram os astecas, forçando-os a trabalharem nas minas de ouro e prata da região.

Agricultura

Os astecas desenvolveram muito as técnicas agrícolas, construindo obras de drenagem e as chinampas (ilhas de cultivo), onde plantavam e colhiam milho, pimenta, tomate, cacau etc. As sementes de cacau, por exemplo, eram usadas como moedas por este povo.

Artes, religião e arte asteca

O artesanato a era riquíssimo, destacando-se a confecção de tecidos, objetos de ouro e prata e artigos com pinturas. A religião era politeísta, pois cultuavam diversos deuses da natureza (deus Sol, Lua, Trovão, Chuva) e uma deusa representada por uma Serpente Emplumada. A escrita era representada por desenhos e símbolos. O calendário maia foi utilizado com modificações pelos astecas. Desenvolveram diversos conceitos matemáticos e de astronomia.

Na arquitetura, construíram enormes pirâmides utilizadas para cultos religiosos e sacrifícios humanos. Estes, eram realizados em datas específicas em homenagem aos deuses. Acreditavam, que com os sacrifícios, poderiam deixar os deuses mais calmos e felizes.

A religião
Eram politeístas (acreditavam em vários deuses) e acreditavam que se o sangue humano não fosse oferecido ao Sol, a engrenagem do mundo deixaria de funcionar.

Os sacrifícios eram dedicados a :

Huitzilopochtli ou Tezcatlipoca: o sacrificado era colocado em uma pedra por quatro sacerdotes, e um quinto sacerdote extraía, com uma faca, o coração do guerreiro vivo para alimentar seu deus;
Tlaloc: anualmente eram sacrificadas crianças no cume da montanha. Acreditava-se que quanto mais as crianças chorassem, mais chuva o deus proveria.
No seu panteão havia centenas de deuses. Os principais eram vinculados ao ciclo solar e à atividade agrícola. Observações astronômicas e estudo dos calendários faziam parte do conhecimento dos sacerdotes.

O Deus mais venerado era Quetzalcóatl, a serpente emplumada. Os sacerdotes formavam um poderoso grupo social, encarregado de orientar a educação dos nobres, fazer previsões e dirigir as cerimônias rituais. A religiosidade asteca incluía a prática de sacrifícios. Segundo o divulgado pelos conquistadores o derramamento de sangue e a oferenda do coração de animais e de seres humanos eram ritos imprescindíveis para satisfazer os deuses, contudo se considerarmos a relação da religião com a medicina encontraremos um sem número de ritos.

Há referências a um deus sem face, invisível e impalpável, desprovido de história mítica para quem o rei de Texoco, Nezaucoyoatl, mandou fazer um templo sem ídolos, apenas uma torre. Esse rei o definia como "aquele, graças a quem nós vivemos".




Fontes:http://www.suapesquisa.com/pesquisa/astecas.htm, Wikipédia,

O legado Egípcio
















Um dos grandes mistérios confrontados pela egiptologia é a forma extremamente súbita, realmente dramática a qual a cultura faraônica “decolou” no começo do terceiro milênio a.C. o pesquisador independente John Anthony West, o qual realizou o extraordinário trabalho na geologia da Esfinge, formula especialmente bem o problema:

“Todo aspecto do conhecimento Egípcio parece ter estado completo desde o início. As ciências, as técnicas artísticas e culturais e o sistema hieróglifo não mostra, virtualmente, nenhum sinal de um período de “desenvolvimento”; na verdade, muitas das realizações das primeiras dinastias não foram nunca passadas ou até mesmo igualadas pelas dinastias posteriores. Este fato surpreendente é prontamente admitido pelos egiptólogos ortodoxos, mas a magnitude do mistério que isso representa é habilmente esquecida, enquanto suas muitas implicações não são mencionadas.”

Como uma complexa civilização nasce do nada? Olhe para um automóvel de 1905 e compare com um moderno. Não há dúvidas do processo de “desenvolvimento”. Mas no Egito não há paralelos. Tudo estava lá desde o início.

A resposta do mistério é, claro, óbvia, mas porque ela vai de encontro com o pensamento moderno prevalescente, é raramente seriamente considerada. A civilização egípcia não foi fruto de um “desenvolvimento”, mas de um legado...

Fonte: http://www.acasicos.com.br/html/legado.htm

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

NON DVCOR DVCO

Fato: [estava eu no carro olhei para o lado, e prestei atenção em um símbolo que estava no ônibus.]





























A bandeira de São Paulo está em muitos pontos da cidade, mas com certeza a grande parte da população não tem a mínima idéia de seu significado. Pois bem, está ai.


O branco simboliza a paz, a pureza, a temperança, a verdade, a franqueza, a integridade, a amizade e a síntese das raças. O vermelho simboliza a audácia, a coragem, o valor, a galhardia, a generosidade e a honrra. A cruz (Cruz da Ordem de Cristo) evoca a fundação da cidade. O círculo é o emblema da eternidade e a frase no idioma latin descrito no brasão, significa, "Não sou Conduzido, Conduzo!" (NON DVCOR DVCO), reafirmando a posição de São Paulo como capital e líder de seu estado e como cidade mais importante do país em diversos aspéctos.

Foi instituída em 6 de março de 1987 pelo prefeito Jânio Quadros. Antes dela, a bandeira era toda branca com o brasão da cidade ao centro.

"Sou eu quem dá as cartas.
Sou líder, não liderado.
Sou a locomotiva deste comboio, não os vagões
Sou cacique, não índio”.

fontes:wikpédia,yahoo

sábado, 7 de novembro de 2009

Era uma Vez…

Rapunzel









Um casal sem filhos que queria uma criança vivia ao lado de um jardim murado que pertencia a uma bruxa. A esposa, no fim da gravidez, viu repolho no jardim e o desejou obsessivamente, ao ponto da morte. Por duas noites, o marido saiu e invadiu o jardim da bruxa para recolher para a esposa, mas na terceira noite, enquanto escalava a parede para retornar para casa, a bruxa apareceu e acusou-o de furto.

O homem implorou por misericórdia, e a mulher velha concordou em absolvê-lo desde que a criança lhe fosse entregue ao nascer. Desesperado, o homem concordou; uma menina nasceu, e foi entregue à bruxa, que nomeou-a Rapunzel.


Quando Rapunzel alcançou doze anos, a bruxa trancafiou-a numa torre alta, sem portas ou escadas, com apenas um quarto no topo. Quando a bruxa queria subir a torre, mandava que Rapunzel estendesse suas tranças, e ela colocava seu cabelo num gancho de modo que a bruxa pudesse subir por ele.


Um dia, um príncipe que cavalgava no bosque próximo ouviu Rapunzel cantando na torre. Extasiado pela voz, foi procurar a menina, e encontrou a torre, mas nenhuma porta. Foi retornando frequentemente, escutando a menina cantar, e um dia viu uma visita da bruxa, assim aprendendo como subir a torre.


Quando a bruxa foi embora, pediu que Rapunzel soltasse suas tranças e, ao subir, pediu-a em casamento. Rapunzel concordou. Juntos fizeram um plano: o príncipe viria cada noite (assim evitando a bruxa que a visitava pelo dia), e traria-lhe seda, que Rapunzel teceria gradualmente em uma escada. Antes que o plano desse certo, porém, Rapunzel tolamente delatou o príncipe.


Na primeira edição dos Contos de Grimm, Rapunzel pergunta inocentemente porque seu vestido estava começando a ficar apertado em torno de sua barriga, revelando tudo para a bruxa (que soube que Rapunzel estava grávida, o que significava que um homem se encontrara com ela). Em edições subseqüentes, Rapunzel perguntou distraidamente por que era tão mais fácil levantar o príncipe do que a bruxa.


Na raiva, a bruxa cortou cabelo de Rapunzel e expulsou-a da torre, para que ela vivesse sozinha. Quando o príncipe chegou naquela noite, a bruxa deixou as tranças caírem para transportá-lo para cima. O príncipe percebeu horrorizado que Rapunzel não estava mais ali; a bruxa disse que nunca mais a veria e empurrou-o até os espinhos de baixo, que o cegaram.


Durante meses ele vagueou através das terras infrutíferas do reino, e Rapunzel mais tarde deu a luz a duas crianças gêmeas. Um dia, ela estava bebendo água e começou a cantar com sua bela voz de sempre. O príncipe ouviu-a e encontrou-se com ela. As lágrimas de Rapunzel curaram a cegueira, e a família foi viver feliz para sempre no reino do príncipe.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Clarice Lispector






















" Escuta:eu te deixo ser. Deixa-me ser,então."


Por Pedro Karp Vasquez

Ao mesmo tempo que ousava desvelar as profundezas de sua alma em seus escritos, Clarice Lispector costumava evitar declarações excessivamente íntimas nas entrevistas que concedia, tendo afirmado mais de uma vez que jamais escreveria uma autobiografia. Contudo, nas crônicas que publicou no Jornal do Brasil entre 1967 e 1973, deixou escapar de tempos em tempos confissões que, devidamente pinçadas, permitem compor um auto-retrato bastante acurado, ainda que parcial. Isto porque Clarice por inteiro só os verdadeiramente íntimos conheceram e, ainda assim, com detalhes ciosamente protegidos por zonas de sombra. A verdade é que a escritora, que reconhecia com espanto ser um mistério para si mesma, continuará sendo um mistério para seus admiradores, ainda que os textos confessionais aqui coligidos possibilitem reveladores vislumbres de sua densa personalidade.

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A descoberta do amor
“[...] Quando criança, e depois adolescente, fui precoce em muitas coisas. Em sentir um ambiente, por exemplo, em apreender a atmosfera íntima de uma pessoa. Por outro lado, longe de precoce, estava em incrível atraso em relação a outras coisas importantes. Continuo, aliás, atrasada em muitos terrenos. Nada posso fazer: parece que há em mim um lado infantil que não cresce jamais.
Até mais que treze anos, por exemplo, eu estava em atraso quanto ao que os americanos chamam de fatos da vida. Essa expressão se refere à relação profunda de amor entre um homem e uma mulher, da qual nascem os filhos. [...] Depois, com o decorrer de mais tempo, em vez de me sentir escandalizada pelo modo como uma mulher e um homem se unem, passei a achar esse modo de uma grande perfeição. E também de grande delicadeza. Já então eu me transformara numa mocinha alta, pensativa, rebelde, tudo misturado a bastante selvageria e muita timidez.
Antes de me reconciliar com o processo da vida, no entanto, sofri muito, o que poderia ter sido evitado se um adulto responsável se tivesse encarregado de me contar como era o amor. [...] Porque o mais surpreendente é que, mesmo depois de saber de tudo, o mistério continuou intacto. Embora eu saiba que de uma planta brota uma flor, continuo surpreendida com os caminhos secretos da natureza. E se continuo até hoje com pudor não é porque ache vergonhoso, é por pudor apenas feminino.
Pois juro que a vida é bonita.”

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Temperamento impulsivo

“Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.
Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei.”

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Lúcida em excesso

“Estou sentindo uma clareza tão grande que me anula como pessoa atual e comum: é uma lucidez vazia, como explicar? assim como um cálculo matemático perfeito do qual, no entanto, não se precise. Estou por assim dizer vendo claramente o vazio. E nem entendo aquilo que entendo: pois estou infinitamente maior do que eu mesma, e não me alcanço. Além do quê: que faço dessa lucidez? Sei também que esta minha lucidez pode-se tornar o inferno humano — já me aconteceu antes. Pois sei que — em termos de nossa diária e permanente acomodação resignada à irrealidade — essa clareza de realidade é um risco. Apagai, pois, minha flama, Deus, porque ela não me serve para viver os dias. Ajudai-me a de novo consistir dos modos possíveis. Eu consisto, eu consisto, amém.”

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Ideal de vida

“Um nome para o que eu sou, importa muito pouco. Importa o que eu gostaria de ser.
O que eu gostaria de ser era uma lutadora. Quero dizer, uma pessoa que luta pelo bem dos outros. Isso desde pequena eu quis. Por que foi o destino me levando a escrever o que já escrevi, em vez de também desenvolver em mim a qualidade de lutadora que eu tinha? Em pequena, minha família por brincadeira chamava-me de ‘a protetora dos animais’. Porque bastava acusarem uma pessoa para eu imediatamente defendê-la.
[...] No entanto, o que terminei sendo, e tão cedo? Terminei sendo uma pessoa que procura o que profundamente se sente e usa a palavra que o exprima.
É pouco, é muito pouco.”

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Escritora, sim; intelectual, não

“Outra coisa que não parece ser entendida pelos outros é quando me chamam de intelectual e eu digo que não sou. De novo, não se trata de modéstia e sim de uma realidade que nem de longe me fere. Ser intelectual é usar sobretudo a inteligência, o que eu não faço: uso é a intuição, o instinto. Ser intelectual é também ter cultura, e eu sou tão má leitora que agora já sem pudor, digo que não tenho mesmo cultura. Nem sequer li as obras importantes da humanidade.
[...] Literata também não sou porque não tornei o fato de escrever livros ‘uma profissão’, nem uma ‘carreira’. Escrevi-os só quando espontaneamente me vieram, e só quando eu realmente quis. Sou uma amadora?
O que sou então? Sou uma pessoa que tem um coração que por vezes percebe, sou uma pessoa que pretendeu pôr em palavras um mundo ininteligível e um mundo impalpável. Sobretudo uma pessoa cujo coração bate de alegria levíssima quando consegue em uma frase dizer alguma coisa sobre a vida humana ou animal.”

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A síntese perfeita

“Sou tão misteriosa que não me entendo.”

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A certeza do divino

“Através de meus graves erros — que um dia eu talvez os possa mencionar sem me vangloriar deles — é que cheguei a poder amar. Até esta glorificação: eu amo o Nada. A consciência de minha permanente queda me leva ao amor do Nada. E desta queda é que começo a fazer minha vida. Com pedras ruins levanto o horror, e com horror eu amo. Não sei o que fazer de mim, já nascida, senão isto: Tu, Deus, que eu amo como quem cai no nada.”

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Viver e escrever

“Quando comecei a escrever, que desejava eu atingir? Queria escrever alguma coisa que fosse tranqüila e sem modas, alguma coisa como a lembrança de um alto monumento que parece mais alto porque é lembrança. Mas queria, de passagem, ter realmente tocado no monumento. Sinceramente não sei o que simbolizava para mim a palavra monumento. E terminei escrevendo coisas inteiramente diferentes.”
“Não sei mais escrever, perdi o jeito. Mas já vi muita coisa no mundo. Uma delas, e não das menos dolorosas, é ter visto bocas se abrirem para dizer ou talvez apenas balbuciar, e simplesmente não conseguirem. Então eu quereria às vezes dizer o que elas não puderam falar. Não sei mais escrever, porém o fato literário tornou-se aos poucos tão desimportante para mim que não saber escrever talvez seja exatamente o que me salvará da literatura.
O que é que se tornou importante para mim? No entanto, o que quer que seja, é através da literatura que poderá talvez se manifestar.”
“Até hoje eu por assim dizer não sabia que se pode não escrever. Gradualmente, gradualmente até que de repente a descoberta tímida: quem sabe, também eu já poderia não escrever. Como é infinitamente mais ambicioso. É quase inalcançável”.

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A importância da maternidade

“Há três coisas para as quais eu nasci e para as quais eu dou minha vida. Nasci para amar os outros, nasci para escrever, e nasci para criar meus filhos. O ‘amar os outros’ é tão vasto que inclui até perdão para mim mesma, com o que sobra. As três coisas são tão importantes que minha vida é curta para tanto. Tenho que me apressar, o tempo urge. Não posso perder um minuto do tempo que faz minha vida. Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca [...].”
...


Viver plenamente

“Eu disse a uma amiga:
— A vida sempre superexigiu de mim.
Ela disse:
— Mas lembre-se de que você também superexige da vida.
Sim.”

...

Um vislumbre do fim

“Uma vez eu irei. Uma vez irei sozinha, sem minha alma dessa vez. O espírito, eu o terei entregue à família e aos amigos com recomendações. Não será difícil cuidar dele, exige pouco, às vezes se alimenta com jornais mesmo. Não será difícil levá-lo ao cinema, quando se vai. Minha alma eu a deixarei, qualquer animal a abrigará: serão férias em outra paisagem, olhando através de qualquer janela dita da alma, qualquer janela de olhos de gato ou de cão. De tigre, eu preferiria. Meu corpo, esse serei obrigada a levar. Mas dir-lhe-ei antes: vem comigo, como única valise, segue-me como um cão. E irei à frente, sozinha, finalmente cega para os erros do mundo, até que talvez encontre no ar algum bólide que me rebente. Não é a violência que eu procuro, mas uma força ainda não classificada mas que nem por isso deixará de existir no mínimo silêncio que se locomove. Nesse instante há muito que o sangue já terá desaparecido. Não sei como explicar que, sem alma, sem espírito, e um corpo morto — serei ainda eu, horrivelmente esperta. Mas dois e dois são quatro e isso é o contrário de uma solução, é beco sem saída, puro problema enrodilhado em si. Para voltar de ‘dois e dois são quatro’ é preciso voltar, fingir saudade, encontrar o espírito entregue aos amigos, e dizer: como você engordou! Satisfeita até o gargalo pelos seres que mais amo. Estou morrendo meu espírito, sinto isso, sinto...”

Textos extraídos do livro Aprendendo a viver, Clarice Lispector. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2004.