sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Hannibal

Thomas Harris é um escritor e roteirista norte-americano, mais conhecido pela série de romances de suspense sobre seu mais famoso personagem, Hannibal Lecter.

Estou lendo o 1º de 4 livros da série que conta a história de Hannibal. Apesar de ter visto os filmes, que na ordem cronológica é diferente dos livros:

1) "Caçador de Assassinos" (1986) 
2) "O Silêncio dos Inocentes" (1991) 
3) "Hannibal" (2001) 
4) "Dragão Vermelho" (2002) 
5) "Hannibal - A Origem do Mal" (2007) 

Ordem dos livros:
1) "Caçador de Assassinos" (1986) ou "Dragão Vermelho" (2002) - Livro "Dragão Vermelho", de 1981.
2) "O Silêncio dos Inocentes" (1991) - Livro "O Silêncio dos Inocentes", de 1988.
3) "Hannibal" (2001) - Livro "Hannibal", de 1999.
4) "Hannibal - A Origem do Mal" (2007) - Livro "Hannibal A Origem do Mal", de 2006.






E acompanhar a série que estreia em 2014 a 2ª temporada.
O livro é fantástico um clássico da literatura! 

A história:
Nascido na Lituânia, o seu pai era um conde lituano e a sua mãe pertencia à alta burguesia italiana. Presumivelmente é descendente dos Sforza e dos Visconti: os Sforza eram uma família de governantes temida pelos seus actos cruéis e os Visconti eram uma importante família,da região de Milão, que possuía a alcunha de "Dragão Antropófago", o que indica que as tendênciascanibalescas de Hannibal Lecter são uma herança de família.
Aos seis anos de idade, Lecter passou por vários acontecimentos traumáticos de grande intensidade. Por essa época, a Lituânia sofria a devastação da Segunda Guerra Mundial, devido aos ataques alemães sobre a Rússia.
A família Lecter foi vítima das incursões alemãs pela Lituânia, tendo apenas sobrevivido Hannibal e Mischa (sua irmã) do confronto entre as tropas nazistas e o Exército Vermelho. Segundo a novela de Thomas Harris, os irmãos tornaram-se cativos dos hiwis (lituanos traidores que ajudavam os nazis) após este episódio. Os hiwis, que se faziam passar por equipes da Cruz Vermelha, instalaram-se na casa de campo da família Lecter para se abrigar de um Inverno rigoroso e, ao ficarem sem alimentos, mataram Mischa e comeram-na (episódio traumático para Hannibal).
Entre 1970 e 1975, Hannibal Lecter adquire o título de Doutor em Psiquiatria no estado de Maryland, EUA.
Em 1975, o Dr. Lecter trabalha como especialista em psiquiatria nos tribunais de Maryland e Virgínia. A primeira vítima de Lecter é Mason Verger, personagem de tendências homossexuais, membro da sua lista de pacientes influentes, que adquire certa amizade com Dr. Lecter. Hannibal, a determinada altura, entorpece Verger e após pancada na nuca que o deixa tetraplégico, dá apenas a cabeça a cães mantidos em clausura e privados de alimento. Assim fica com a face totalmente deformada após ser devorada. No entanto, Mason Verger sobrevive, tetraplégico e deformado facialmente. Esta personagem é uma das duas vítimas que sobrevivem aos ataques de Lecter.
No papel de ajudante do FBI na elaboração de perfis psicológicos criminais, Lecter trava uma relação de amizade com o Agente Especial Will Graham, o qual posteriormente se converterá numa das suas vítimas e a segunda (e última) a sobreviver aos seus ataques. Este fato põe a verdade ao descoberto e, em seguida, Lecter é capturado para ser sentenciado em julgamento, no qual é apresentada uma lista de nove vítimas comprovadas até esse momento. Hannibal é condenado a nove prisões perpétuas no Hospital Forense da Cidade Independente de Baltimore.
















Fontes:  http://pt.wikipedia.org/wiki/Thomas_Harris
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hannibal_Lecter

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Excision

Um filme altamente perturbador. Faz várias referências ao clássico baseado na obra de S.K Carrie, a estranha.


Sinopse:
Excision é o primeiro filme de Richard Bates Jr, escrito e dirigido por ele. A versão original foi um curta-metragem, produzido em 2008, ganhando a versão longa em 2012.

Pauline (AnnaLynne McCord) é uma garota incomum, com pensamentos e comportamento estranhos. Tem dificuldades em ser aceita pelos colegas da escola, uma vez que faz comentários impróprios e não imita as outras garotas. Em casa, vive sob a pressão da mãe supercontroladora, mas tem um afeto especial por sua irmã que sofre de fibrose pulmonar.

O mais incomum em Pauline é a sua imaginação, voltada para o macabro. Gosta de se imaginar ou sonhar mutilando corpos, tendo relações sexuais com cadáveres, banhando-se em sangue. Inclusive, seu interesse por isto também se manifesta no desejo de um dia se tornar cirurgiã. 

Autodidata, a garota estuda medicina de forma extracurricular, mata aulas para fazer pesquisas na biblioteca e, se encontra um animal morto, o recolhe para praticar dissecação. Seu comportamento sexual é incomum, com especial interesse para o sangue. E tem uma relação curiosa com Deus, pois, ao mesmo tempo em que não acredita nele, faz-lhe orações e confissões.

É um filme de terror original, mais psicológico do que propriamente concreto. O centro da história é a personalidade de Pauline, moldada por traumas de infância, pela pressão materna e um abuso sexual sutilmente mencionado durante a trama. 

Ela não é uma vilã, nem mesmo tem intenção de machucar pessoas, embora possa fazê-lo. Seus atos têm certa ingenuidade e inocência. Algumas de suas atitudes mais perigosas na verdade são motivadas por boas intenções. Nas entrelinhas nota-se que ela é uma vítima e tem até mais dignidade que seus colegas da escola "normais".
















Fonte: http://esfingeseminotauros.blogspot.com/2013/03/o-filme-excision-2012.html

domingo, 21 de julho de 2013

A Lista de Schindler




Oskar Schindler, um antigo militar polonês, bem relacionado com a SS, que progride rapidamente nos negócios ao se apropriar de uma fábrica de panelas, após o decreto que proibia aos judeus serem proprietários de negócios.
Schindler se valeu de sua fortuna crescente para "comprar" membros da Gestapo e dos altos escalões nazistas com bebida, mulheres e produtos do mercado negro. Seu afiado senso de oportunidade o levou a contratar um contador judeu – mais barato do que um profissional polonês.
Ele é Itzhak Stern, a mente por trás do que seria o começo de tudo: com o argumento de que os trabalhadores judeus representavam uma lucratividade maior para o negócio, ele convenceu Schindler a fazer destes 100% da força de trabalho empregada em sua fábrica. Com o tempo, famílias judias passaram a trocar suas reservas financeiras por postos de trabalho (que os mantinha longe dos campos de concentração), permitindo que os negócios crescessem ainda mais.
A guerra avançou e Hitler lançou a campanha de "Solução Final", que acabaria definitivamente com os guetos, transferindo toda a população judia para os campos de concentração. Amon Goeth foi o comandante de um desses campos e um dos amigos mais próximos que Schindler teve entre os oficiais da Gestapo. Quando os trabalhadores de sua fábrica começaram a ser transportados para o campo de Plaszóvia, Schindler convenceu Goeth a colocá-los num ambiente separado dos outros, um lugar onde ficassem mais protegidos.
Numa determinada noite, passeando perto de um dos parques de Cracóvia, Schindler assistiu à invasão do gueto da cidade. Dias mais tarde, ele acompanhou uma ida de Goeth ao campo de concentração e assistiu às instruções que este recebeu para cremar os cadáveres dos mortos no massacre do gueto.
Schindler e o contador passaram a noite a digitar os nomes das famílias que seriam transportadas para a Tchecoslováquia ao invés de irem para Auschwitz. Para cada um dos 1.100 nomes que comporiam a lista, Schindler viria a pagar um boa soma de dinheiro a Goeth, que tomaria as medidas necessárias para o que o desvio de rota fosse bem sucedido.
Schindler fundou a fábrica de utensílios de cozinha Emalia para enriquecer com a guerra. Nela empregou entre 1939 e 1944 muitas centenas de judeus. Eram a sua força de trabalho, empregados especializados, mesmo que não o fossem, não deixavam de ser escravos. Pensou, durante algum tempo, que bastava aos seus judeus e aos outros manterem-se saudáveis para chegarem ao fim da guerra vivos. Percebeu que não, depois percebeu que iam morrer todos e usou o que ganhara com eles para salvar alguns. Mais de mil. Schindler escreveu os seus nomes numa lista e deu-lhes vida.
link da lista: http://alistadeschindler.com/Lista
O filme:http://www.youtube.com/watch?v=93k16-EI2dM
O livro:http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/1995968/a-lista-de-schindler
















Fonte:http://alistadeschindler.com/

terça-feira, 25 de junho de 2013

O Aborto dos Outros

Por: Márcia Tiburi

Há motivos distintos para os pronunciamentos sobre a questão do aborto nos dias de hoje. Motivos formulados como opiniões que, atenciosamente lidos, mostram-se acobertadores do que realmente se visa com a proibição legal desta prática tão familiar. Tais motivos devem ser analisados na intenção de colocar a questão no seu lugar devido, a saber, que o aborto é um problema das mulheres e que homens e instituições, para os quais o sexismo – a determinação da diferença sexual em que a mulher é vista como o “sexo” em si mesmo - é um método de controle, buscam o domínio do discurso sobre o aborto. Não poderia ser diferente já que o aborto no modo como é tratado no Brasil atual apenas faz ver o estatuto do poder na mão – e mais precisamente na ordem do discurso - dos homens contra as mulheres. Neste sentido, cabe também levar em conta que há para além da proibição da prática, certa evitação do ato de teorizar em torno do aborto por parte das mulheres. Homens falam sobre o aborto, mulheres – com raras exceções – parecem não se sentir confortáveis em defender a própria causa. Mas é claro que não se trata apenas disso. Deixar que as mulheres decidam não é uma prática desejável em um sistema patriarcal e é preciso começar impedindo que falem.

A propósito, o patriarcado é o lugar em que mulheres são submetidas pelo discurso. Não deve, portanto, ser entendido apenas como um modelo universal da racionalidade, da ética e da estética que dele decorrem organizando-se como ideologia, mas como a prática cotidiana desta racionalidade que instrumentaliza mulheres. Ora, o patriarcado não é apenas metafísico, mas deve ser visto em seu fundamento ético-político que se define pela ação contra as mulheres.  Assim é que ele se constitui como o nome próprio da violência que costura um pensamento e uma prática contra mulheres da família à publicidade, da maternidade à pornografia.

Dizer contra neste caso é definir rigorosamente que as mulheres que ainda podem ser subjugadas pela ilegalidade do aborto são as social e economicamente desfavorecidas. Aquelas que permanecem sob comando biopolítico, sem supor que possam ser senhoras de seus corpos. Sem interpretações próprias sobre o que seja seu corpo, sua vida própria, mulheres pobres são reduzidas à condição de fêmeas procriadoras para logo depois serem rebaixadas, caso pratiquem o aborto, à condição de meras rés por terem ido contra a ordem. No senso comum brasileiro vige o discurso de que a realização das mulheres está na maternidade e na feminilidade. Quem não obedecer a esta ordem do discurso poderá ser punida cruelmente.

Que a sociedade se torne mais democrática quer dizer que o patriarcado cede diante da escolha das mulheres sobre seu próprio corpo. E esta escolha se afirma em um discurso como reação contra a ordem patriarcal sexista que até os dias de hoje é mal quisto em várias instâncias deste Brasil subjugado política e ideologicamente ao patriarcalismo.




Duas formas de silêncio 
Mulheres, as verdadeiras implicadas na questão do aborto raramente se pronunciam sobre ele. Há pelo menos duas formas de silêncio em jogo nesta questão. Em primeiro lugar o silêncio derivado do comodismo e da alienação. Um silêncio cultural que define o poder da fala como algo masculino e, por contraste, “anti-feminino”. Mesmo hoje em dia muitas mulheres caem na armadilha essencialista, aquela que defende que mulheres não devem falar demais para evitar a tagarelice de que são acusadas desde a tradição filosófico-literária. No discurso essencialista, tem-se que “a mulher” é uma essência não-falante. Desconsidera-se a formação cultural, histórica e social que constitui o gênero. Desconsidera-se o controle discursivo que está por trás de toda definição. Assim é que uma mulher deve calar, como se a fala articulada, que expõe idéias, fosse contra a natureza das mulheres e não uma construção jurídico-cultural.

Este silêncio é alienado, ele é produzido. Sua conseqüência é o fato histórico de que as mulheres como “classe” ou grupo não construíram teorias, não foram autorizadas, nem se autorizaram a serem teóricas, cientistas, ou políticas, ou seja, seres que dominam o funcionamento do discurso e podem exercer poder a partir dele, seja no campo do conhecimento, seja no campo da política profissional.

Mas há outro silêncio. Aquele que é praticado sem alienação por mulheres ideologicamente livres do patriarcado. Moralmente descomprometidas, ou financeiramente livres não precisam responder às suas imposições. Praticam abortos conforme necessidades pessoais/corporais sem que ninguém ou nenhuma estatística precise sabê-lo. Não dependem do sistema público de saúde, não precisam se confessar ao padre, muitas vezes nem mesmo tem uma vida de casal com um homem ao qual devam prestar satisfação sobre seus atos. Quem são, o que desejam, como e onde o fazem é algo que permanece sob o véu da clandestinidade que, neste caso, não é mais do que o fato da realidade. Clandestina é toda prática possível que mostra a insuficiência da lei e as contradições da moral.

Kafka no conto “O silêncio das sereias” afirmou que o silêncio das sereias é uma arma mais terrível que seu canto. Talvez alguém tenha escapado de seu canto, mas certamente ninguém escapou de seu silêncio, diz Kafka. Tal silêncio é a liberdade das mulheres insuportável ao patriarcado. É também sua arma. Infelizmente, no entanto, como arma ele não está ao alcance de mulheres desfavorecidas cultural e economicamente. O documentário de Carla Gallo mostra mulheres que são vítimas do discurso e do sistema quanto à impraticabilidade do aborto, mulheres que sofrem sob o jugo do patriarcado como se fossem meros animais que desobedeceram seus senhores.

El Greco

Doménikos Theotokópoulos, mais conhecido como El Greco, foi um pintor, escultor e arquiteto grego que desenvolveu a maior parte da sua carreira na Espanha. Assinava suas obras com o nome original, ressaltando sua origem.El Greco:  foi um dos grandes representantes do maneirismo. (movimento artístico europeu do século XVI)

Abaixo algumas obras que aprecio:



                                                               Christ 1606 El greco

                                                            Annunciation 1595-1600


                                       

                                                     Christ Carrying the Cross - 1580


                                                                Laocoonte - 1610

Nota: Segundo o mito Laocoonte era filho de Acoetes, irmão de Anquises; ele era  sacerdote de Apolo, mas, contra a vontade de Apolo, se casou e teve filhos, Antiphantes e Thymbraeus. Quando Laocoonte estava fazendo um sacrifício a Netuno, Apolo enviou duas serpentes de Tênedos, que mataram AntiphantesThymbraeus e Laocoonte. Segundo os frígios, isto aconteceu porque Laocoonte havia arremessado sua lança contra o Cavalo de Troia.



Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/El_greco