quarta-feira, 10 de março de 2010

Releitura -"Uma alegoria de Vênus e Cupido"




























Agnolo BRONZINO, "Vênus, Cupido e Tempo - uma alegoria da luxúria", 1540-45.


Bronzino foi um requintado pintor quinhentista (século XVI). Primeiro, vejamos a descrição do quadro segundo O Livro da Arte, ed. Martins Fontes (The Art Book).

Uma alegoria de Vênus e Cupido:

“Vênus volta-se para beijar Cupido, que afaga seu seio. Um Pai Tempo (Cronos), de barba, puxa uma cortina sobre a cena. O ciúme aperta a cabeça com as mãos, e uma figura mascarada observa a cena do alto. Uma menina, que é meio animal de pêlo e meio réptil, segura um favo de mel em uma das mãos, e na outra, a ponta em aguilhão de sua cauda (...). O quadro é obviamente uma alegoria, mas de quê? Ninguém sabe ao certo.
A luz serena que banha esta cena bizarra e a suavidade da pintura são típicas do estilo do artista. A obra de Bronzino é um maravilhoso exemplo do Maneirismo, no modo como contorce as posturas naturais, exagera as expressões e enfatiza o movimento.
Um bem-sucedido pintor de retratos em sua época, Bronzino com freqüência colocava seus modelos em poses estranhamente rígidas. As expressões um tanto frias e desligadas de seus modelos impelem o espectador a procurar atentamente por um vislumbre de emoção”.

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