sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Saber e ser Ignorante














Por Lúcio Packter

Não há Filosofia enquanyo o indivíduo não deixa as estrelas na distância qual vivem e se ocupa de suas próprias cpisas, por estrelas que sejam. Assim é para Sócrates. Tudo nos leva a crer que ele, de fato, buscava uma verdade que surgisse, em geral belicosamente, de seu método indutivo. Nós o encontramos com a juventude de Lísias, com as liberdades de pitágoras, de Gógias também, com o arranjo de comandos de Laques (militar). Na indecisãodos argumentos, na fraqueza dos discurso, Sócrates crescia.
Em Mênon temos um arrojado exemplo de Filosofia e uma desculpa para o paradoxo que até hoje nos acompanha em muitos casos: saber e ser ignorante.
Reencontramos Sócrates em longas páginas dos autores de hoje.Atualizado, sério, prostrado, aflito, sereno, esperançoso,contrito, de tudo um pedaço. Em "A montanha mágica, Thomas Mann, é um exemplo quando escreve que : " Dois dias de viajem apartam um homem- e especialmente um jovem que ainda não criou raízes firmes na vida- do seu mundo cotidiano, de tudo quando ele costuma chamar seus deveres, interesses, cuidados e projetos; apartam-no muito mais do que esse jovem imaginava eanquanto um fiacre o levava á estação. O espaço que, girando e fugindo, se roja de permeio entre ele e seu lugar de origem, revela forças que geralmente se julgam privilégio do tempo; produz de hora em hora novas metamorfoses íntimas, muito parecidas com aquelas que o tempo origina, mas em certo sentido mais intensas ainda. tal qual o tempo, o espaço gera o olvido; orém o faz desligando o indivíduo das suas relações e pondo-o num estado livre, primitivo; chega até mesmo a transformar, num só golpe, um pedante ou um burguesote numa espécie de vagabundo. Dizem que o tempo é como o rio Letes; mas também o ar de paragens longínquas representa uma poção semelhante, e seu efeito, conquanto menos radical, nãod eixa de ser mais rápido".

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